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Como introduzir ovo na alimentação do bebê? Confira 8 receitas deliciosas!

Especialistas explicam a melhor forma de oferecer o alimento para o pequeno para evitar reações alérgicas e para que seus benefícios sejam aproveitados!

Por Flávia Antunes
Atualizado em 2 fev 2021, 17h57 - Publicado em 12 nov 2020, 18h07
 (Juliana Pereira/Bebê.com.br)
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Ninguém discute que o leite materno é o alimento mais completinho para o organismo do bebê. Por isso, os órgãos de saúde recomendam que a amamentação exclusiva aconteça até o sexto mês de vida do bebê. Mas e depois disso? O aleitamento pode (e deve) continuar, mas em conjunto com a introdução das comidinhas sólidas, que vão garantir todos os nutrientes que o pequeno precisa.

Um dos ingredientes importantes de aparecer no cardápio é o ovo. Há duas décadas, como explica a pediatra alergologista Carla Dall’Olio, as sociedades médicas recomendavam que ele fosse introduzido um pouco mais tarde, mas hoje estudos já mostram que sua exposição desde cedo é benéfica para o organismo das crianças, especialmente se levarmos em conta a sua composição nutricional.

“A clara, como qualquer alimento rico em proteína, é importante para a construção dos tecidos envolvidos no desenvolvimento do bebê. Já a gema, possui ferro e outros minerais, além de gorduras – inclusive as boas, que chamamos de insaturadas -, que ajudam no transporte de vitaminas e a aumentar a densidade energética, isto é, as calorias da dieta do bebê. Seus compostos também desempenham papel significativo na função cerebral”, explica a nutricionista Carolina Pimentel.

Dá alergia?

A principal polêmica em torno do ovo é sobre a sua capacidade de desencadear reações alérgicas. De fato, Carla confirma: “Ele é o segundo alimento mais envolvido em alergias alimentares no início da alimentação do bebê, e isso acontece por conta da característica de suas proteínas, principalmente no ovo da galinha”. Saiba mais sobre alergias alimentares em crianças. 

Porém, isso não significa eliminar o ingrediente das receitas, viu? Segundo a pediatra alergologista, basta que os pais fiquem atentos à forma mais adequada de apresentar o ovo, para que seus benefícios sejam aproveitados e ele não apresente risco para a saúde do filho.

Afinal, como introduzir o ovo nas refeições?

“É interessante que o ovo seja oferecido bem cozido, porque isso desnatura a proteína mais intensamente e diminui o potencial alergênico do alimento. Recomendo evitar que seja comido cru, em gemada ou outras receitas caseiras semelhantes”, responde Carla.

Algumas porções da proteína do ovo são potencialmente alergênicas e, embora não haja uma indicação formal para que suas partes sejam ingeridas separadamente, a nutricionista costuma apostar nessa recomendação para reduzir ainda mais os riscos para o bebê.

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“Indico que as famílias comecem com a introdução da gema e depois da clara. Porque esta é uma proteína complexa e, esperando um pouco mais, a microbiota intestinal do bebê fica mais madura para digeri-la”, esclarece Carolina.

Sua dica é que a gema seja oferecida a partir do sexto mês e que os pais comecem apresentando para o filho o alimento sozinho. “Para testar se ele gosta da gema, comecem com meia quantidade e sem misturar com outros ingredientes, para que ele entenda a textura, a cor e reconheça os sabores”, diz a nutricionista. Depois, a comida pode ser misturada na papinha esfarelada e oferecida três vezes por semana.

Mas e se o pequeno fizer careta na primeira prova? A profissional de nutrição tranquiliza dizendo que a rejeição de início não significa necessariamente que a criança não gosta o alimento, e por isso vale insistir um pouco mais e tentar oferecê-lo de formas diferentes. 

“A partir dos nove meses, já indico que incluam também a clara – e então os preparos com o ovo inteiro podem ser feitos seguindo inclusive a rotina alimentar da família, com ele cozido (de galinha ou de codorna), mexido, estrelado, etc. Ele pode ser usado até para incrementar outros pratos”, sugere.

O mais bacana do ovo, segundo Carolina, é que ele pode ser misturado com outros ingredientes, ajudando na introdução de legumes e vegetais. “Fora que o ovo é bem lúdico – as crianças podem descansar, mexer… Inserir as crianças no universo da culinária desde cedo ajuda a desenvolverem uma relação mais saudável com a alimentação”, acrescenta.

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Ovo frito pode?

O ideal é que seja oferecido só depois do primeiro ano, mas sempre dentro de uma alimentação saudável. No entanto, é importante lembrar que quando frito em imersão em óleo, o alimento se torna do grupo de frituras e, portanto, deve ter uma frequência de consumo menor. “Mas nenhum alimento por si só é responsável por gerar ou prevenir nenhuma doença”, adianta a nutricionista. Prefira usar apenas um fio de azeite ou óleo, se optar pelo frito, ok? 

Confira oito receitinhas gostosas com ovo:

* Consulte o pediatra para confirmar se os alimentos a seguir estão liberados na dieta do seu bebê. 

  • Para bebês a partir de seis meses:

1. Papinha de ovo e inhame

Ingredientes:

  • 1 inhame
  • 1 ovo caipira
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Modo de preparo:
Lave o inhame e seque. Coloque-o inteiro com casca em uma panela e deixe cozinhar por aproximadamente 30 minutos. Assim que estiver macio, retire e espere esfriar para depois tirar a casca. Em seguida, amasse o ingrediente com um garfo e tempere com um pouquinho de azeite ou ervas.

Para o ovo, basta cobrir com água em uma panela e, assim que o líquido estiver fervendo, deixar por mais 10 minutos. Passado este tempo, retire o ovo e sua casca e separe a gema da clara. Use a gema amassada ou peneirada, junte com o inhame e sirva.

 

2. Crepioca de frango

Ingredientes:

  • 1 ovo
  • 2 colheres (sopa) fécula de tapioca
  • 1 colher (sopa) de frango desfiado

Modo de preparo:
Junte os ingredientes, com exceção do frango, em uma tigela e bata com garfo até a mistura ficar homogênea. Aqueça uma frigideira antiaderente e unte com um fio de azeite. Ponha a mistura como se fosse fazer uma panqueca e aqueça de ambos os lados. Por fim, é só preencher a crepioca com o frango desfiado. Se preferir fazê-la doce, é possível rechear com banana cortada em rodelas e canela.

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3. Panqueca de banana

Ingredientes:

  • 2 ovos
  • 1 banana bem madura
  • 1 colher (chá) de canela em pó (opcional)
  • Óleo de canola/ soja ou azeite de oliva para untar a frigideira

Modo de preparo:
Bata no mixer a banana, os ovos e a canela. Despeje a mistura em uma frigideira antiaderente untada com óleo de coco e espere até ficar douradinha dos dois lado. Se quiser rechear, corte banana em rodela finas e acrescente uma pitada de canela.

Para maiores de 1 ano, acrescente mel por cima ou iogurte natural batido com uva passa. Vale também adicionar frutas cortadas em cubos por cima para deixar mais atraente.

  • Para bebês a partir de nove meses (ou quando o pediatra liberar os ingredientes):
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4. Bolinho de omelete

Ingredientes:

  • 5 ovos
  • Sal e pimenta a gosto
  • Sugestão de recheios: tomate, queijo (branco ou muçarela), espinafre, brócolis

    Modo de preparo:
    Misture bem os ovos e adicione sal. Depois de untar as formas de cupcake com um pouco de óleo ou manteiga, distribua os recheios de sua preferência e, em seguida, despeje a mistura dos ovos. Leve ao forno a 180 graus por 20 minutos e depois desenforme. Está pronto para servir!

    5. Ovo mexido com tomate

    Ingredientes:

    • 3 ovos
    • 3 colheres (sopa) de leite
    • 1 colher (sopa) de manteiga
    • Sal e pimenta-do-reino a gosto
    • 1 punhado de tomate cereja (opcional)

    Modo de preparo:
    Quebre os ovos em uma tigela. Adicione a água ou o leite e misture com um garfo e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Em seguida, leve uma frigideira antiaderente ao fogo médio e quando aquecer, acrescente manteiga e deixe derreter. Faça movimentos de vaivém com a frigideira para que a manteiga se espalhe por todo o fundo, mas não deixe que ela escureça.

    Coloque os ovos na frigideira. À medida que a beirada for cozinhando, empurre-a com uma espátula de borracha ou colher de pau para o centro da frigideira; isso faz com que o líquido do centro escorra para a borda e cozinhe rapidamente. Repita esse procedimento até que não escorra mais, e então é hora de adicionar os tomatinhos, dobrar a omelete ao meio e servir.

    6. Omelete (sem leite)

    Ingredientes:

    • 2 ovos
    • 1 tomate pequeno, picado
    • 1/2 cebola picada
    • 1 colher (sopa) farinha de arroz ou de trigo
    • Manjericão
    • 1 colher (café) fermento em pó

    Modo de preparo:
    Misture todos os ingredientes numa tigela. Depois, unte uma frigideira pequena com pouco óleo, deixe esquentar em fogo baixo e despeje a mistura (cuide para não queimar embaixo da massa). Tampe a frigideira para ir cozinhando no meio. Quando estiver quase pronta, dobre ela ao meio, no formato de meia-lua, deixe mais uns minutos e desligue o fogo. Está pronto!

    7. Bolinho de coco 

    Ingredientes:

    • 2 ovos (preferencialmente caipiras e orgânicos)
    • 150g de coco ralado (preferencialmente fresco)
    • 1 colher (sopa) de óleo de coco
    • 1 colher (chá) de fermento químico
    • 1 banana (para ficar mais docinho, mas dá para fazer sem)

    Modo de preparo:
    Misturar todos os ingredientes e assar em forno pré aquecido por mais ou menos 30 minutinhos, observe quando os bolinhos crescerem ou quando ficarem douradinhos.

    • Para crianças acima de 1 ano:

    8. Coccote de tomate e manjericão

    Ingredientes:

    • 2 ovos
    • 4 tomates cereja
    • 1 ½ colher (sopa) de queijo cottage (ou ricota esfarelada)
    • 4 folhas de manjericão
    • ½ colher (sopa) de leite
    • Azeite a gosto
    • Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

    Modo de preparo:
    Misture os tomates sem as sementes e o queijo cottage. Junte as folhas de manjericão e tempere com um fio de azeite, sal e pimenta-do-reino. Em seguida, acrescente o leite e tempere com uma pitada de sal. Leve ao microondas para cozinhar por aproximadamente 3-4 minutos a depender da potência.

    *Receitas sugeridas pela nutricionista Carolina Pimentel, Phd pela Universidade de São Paulo e especialista em Medicina do estilo de vida; e por Jéssica Dantas, pediatra especializada em gastroenterologia e nutrição pediátrica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. 

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