Continua após publicidade

O que você precisa saber antes de comprar a cadeira de alimentação do bebê

Conversamos com especialistas que dão dicas e informam o que você precisa levar em consideração na hora de escolher o cadeirão para o seu filho.

Por Camila Lafratta (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 12h15 - Publicado em 10 Maio 2015, 01h47

Qual é o tamanho ideal? E a altura? Existem vários modelos? Pois é… Comprar o cadeirão para o bebê talvez seja mais difícil do que você imaginava. Pensando nisso, organizamos as principais informações que devem ser levadas em conta na hora de realizar a compra.

Quando é a hora de pensar em adquirir um cadeirão?

Quando o bebê inicia a sua alimentação complementar ao aleitamento materno. Segundo a Dra. Filumena Gomes, pediatra do Instituto da Criança do Departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas (FMUSP), isso começa a acontecer por volta dos seis meses. “Nessa idade, ele ainda senta com apoio, então essas primeiras experiências alimentares ocorrem no colo da família, que segura o bebê e oferece algum alimento”, diz ela. A doutora afirma que é por volta dos oito meses que a maioria dos bebês já senta sozinho e tem interesse nas atividades da família durante as refeições. Nesse momento, já é interessante possuir uma cadeira de alimentação.

Por que ter um cadeirão?

Muitos pais consideram o cadeirão um gasto supérfluo e acham melhor alimentar o bebê no colo até ele ter tamanho suficiente para se sentar à mesa. A Dra. Filumena atenta sobre a importância da cadeira no desenvolvimento social dos pequenos: “A criança se socializa com a família e fica à vontade para experimentar os novos alimentos da mesa que lhe são oferecidos”.

Também é importante levar em consideração a criação de uma rotina da família, na qual o bebê aprenda que aquele é o lugar das refeições. “Como a atividade de alimentação é familiar, é importante que os pais comam junto com a criança, para que ela aprenda os modos à mesa, como mastigar, segurar os talheres, uso do guardanapo etc.”, diz a doutora. O pediatra e nutrólogo Dr. Fábio Ancona Lopez, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), atenta sobre a importância de olhar para a criança na hora de alimentá-la. “Manter o contato visual é bom não só para estabelecer um vínculo afetivo, como também para perceber os sinais que a criança dá, como a aproximação ou afastamento da colher, que indicam se ela já está cheia ou não”, diz ele.

Até quando a cadeira será necessária?

Segundo Reynaldo Silva, gerente nacional de vendas da Lenox, atualmente a recomendação é que as cadeiras suportem um peso de até 15 kg, embora a grande maioria seja estruturada para aguentar um pouco mais, por segurança. Portanto, não é possível estabelecer uma idade limite, já que as crianças se desenvolvem em velocidades diferentes, mas a Dra. Filumena estima que por volta dos três anos de idade o cadeirão começa a ser posto de lado, quando o pequeno já consegue alcançar a mesa com o auxílio de uma almofada para elevar o assento da cadeira. O Dr. Fábio afirma que o uso deve ser feito enquanto a criança se sentir cômoda. “O cadeirão tem limitações, ele prende a criança, restringe seus movimentos”, explica ele. “Quando aquilo começar a incomodá-la, é a hora de pensar em outro arranjo”.

Continua após a publicidade

Existem diferentes modelos de cadeirões?

Existem diversos modelos de cadeiras de alimentação, cada um com suas vantagens e desvantagens, que podem ser separadas em três principais categorias. Segundo os especialistas, não é possível dizer que um é melhor que o outro: para o Dr. Fábio, a escolha é uma mera questão de preferência, enquanto Reynaldo afirma que a ideia é justamente criar opções para todos os públicos, atendendo às necessidade de cada um (espaço disponível na casa, portabilidade, entre outras). Veja a descrição de cada tipo para tomar uma decisão mais consciente:

A primeira coisa a se observar é se o produto exibe o selo de identificação da conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “São avaliadas pelo Inmetro questões ligadas à segurança, como o cinto de cinco pontos, estrutura e estabilidade, fechamento da cadeira durante o uso, e a presença de materiais que possam ser tóxicos. Instabilidade com risco de queda e problemas relacionados ao cinto de segurança são os principais itens verificados”, diz Rafael Cavalcanti, porta-voz do Inmetro.

Continua após a publicidade

Em fevereiro de 2013, o Instituto publicou a Portaria que estabelece os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Cadeiras de Alimentação para Crianças, que deverão ser certificadas e registradas no Inmetro para serem comercializadas no Brasil, com o objetivo de dar mais segurança aos bebês.

Não há tamanho ou altura considerados ideais para um cadeirão. Segundo Rafael, as informações sobre idade, peso e altura adequada devem estar afixadas nas instruções do produto, ou na própria embalagem.

Cadeirões musicais, com brinquedos ou atividades são recomendados? Por quê?

“Cadeiras com muitos acessórios e brinquedos dificultam a sua higienização, além de distraírem a criança do foco principal, que é a alimentação”, diz a Dra. Filumena. “É importante o bebê ter consciência da alimentação, para que ele perceba a sua saciedade e pare de comer quando estiver satisfeito. Quando fica muito distraído com outras atividades, tende a ingerir mais alimentos do que o necessário”. Segundo a médica, esse foco é importante para que a criança desenvolva uma rotina saudável e evite problemas como a obesidade infantil.

Continua após a publicidade

Para ela, caso a criança precise de alguma distração até a comida chegar à mesa, ela pode ficar com algum brinquedo, sem haver necessidade de acessórios interativos na cadeira. O Dr. Fábio complementa: “A hora de comer é olhando para a comida. A criança precisa perceber a comida, podendo até brincar com ela, amassar com as mãos, mas sem estímulo externo. Por esse mesmo motivo, as refeições devem ser feitas em um ambiente tranquilo, sem a TV ligada ou outras distrações”.

Como limpar o cadeirão de alimentação? Que produtos devem ser usados para não afetar a saúde do bebê?

“Deve-se imaginar que aquilo é igual a uma mesa em que se come”, diz o Dr. Fábio. A limpeza deve ser bem feita, sem o uso de produtos. Segundo a Dra. Filumena, a melhor forma de limpar o cadeirão é com água abundante e sabão neutro, todos os dias, após cada uso. Ela também sugere usar uma solução antisséptica com menor frequência, uma vez por semana, para promover uma desinfecção mais intensa.

Publicidade

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.