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Amamentar corta pela metade risco de ter diabetes, aponta estudo

O trabalho acompanhou mulheres por mais de três décadas e viu que o diabetes tipo 2 era bem menos frequente nas lactantes. Entenda!

Por Chloé Pinheiro
6 fev 2018, 12h47
Mãe amamentando o filho - redução de diabetes tipo 2
 (tatyana_tomsickova/Thinkstock/Getty Images)
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Pode acrescentar mais um benefício na lista extensa de motivos para amamentar seu filho. Uma nova pesquisa, publicada no JAMA, importante periódico norte-americano, avaliou mais de 1.200 mulheres e descobriu que o ato reduz significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Os pesquisadores do departamento de pesquisa da Kaiser Permanente, organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, acompanharam a idade fértil e os níveis de glicose das voluntárias desde a década de 80. Para completar o estudo, os médicos também recolheram dados sobre atividade física, alimentação e estilo de vida das participantes, que tiveram pelo menos um filho no período.

Já havia outras investigações menores sobre o assunto, mas esse é o primeiro que considerou mulheres ainda em idade fértil. E os resultados mostraram que o fator protetivo do aleitamento é inegável. Para quem amamentou por seis meses ou mais, houve uma redução de 48% no risco do diabetes tipo 2 aparecer. Nas mães que ofereceram o peito por um tempo menor do que este, a incidência foi 25% menor em comparação às mulheres que não amamentaram.

O trabalho confirmou também que mulheres negras estão mais propensas a ter a doença, uma relação que já é observada na população adulta no geral. Nelas, foram 3 vezes mais casos do que nas caucasianas. “Mas, independente da etnia e de fatores como o estilo de vida e peso, a incidência de diabetes cai conforme o tempo de amamentação”, declarou à imprensa Erica Gunderson, pesquisadora do instituto e autora principal da análise. 

A proteção do peito

Alguns mecanismos biológicos são os prováveis responsáveis por essa benesse. Um deles é a influência de hormônios liberados durante a amamentação nas células do pâncreas, órgão que produz a insulina que regula o açúcar no sangue.

Além disso, a produção de leite exige parte do açúcar ingerido pela mãe, cerca de 50 gramas de glucose a cada 24 horas. Sem contar que o aleitamento queima 300 calorias extras ao dia e promove queima de gordura. Como a obesidade é um dos fatores de risco para o diabetes tipo 2, perder um pouco de tecido adiposo que seja já ajuda a amenizar o perigo.

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Outros benefícios para as mamães já apontados em estudos anteriores incluem a prevenção de alguns tipos de câncer, incluindo o de mama, e redução de dores depois da cesárea.

 

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