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Mãe viraliza ao contar como consegue amamentar bebê gestado pela esposa

Entenda como é feita a indução à lactação por mulheres que não estão (nem estiveram) grávidas

Por Carla Leonardi
Atualizado em 27 abr 2023, 18h45 - Publicado em 27 abr 2023, 17h14
Caitlin, ruiva, de cabelos longos e franja, está ao lado da esposa, Leah, de cabelo preto e longo. Elas seguram o bebê no colo de costas para a foto.
 (Reprodução @authenticallycaitlin/Instagram)
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Caitlin Sheil, britânica de 24 anos, é conhecida nas redes sociais pelo perfil no TikTok Caitlin and Leah, onde compartilha seu relacionamento com Leah, com quem se casou em novembro. Na postagem mais recente, ela explica como tem conseguido amamentar seu bebê mesmo sem ter engravidado – já que quem gestou o pequeno Oakley foi a esposa.

“O corpo humano é realmente incrível”, diz Caitlin, que descreve o processo pelo qual passou: “Quando Leah estava com 17 semanas de gravidez, eu entrei em contato com uma consultora de amamentação. Então, ela indicou que eu tomasse pílula [anticoncepcional] para desenvolver o tecido mamário e [o remédio] domperidona, que estimula a lactação”, relembra. Vale destacar que o uso de qualquer medicamento deve ser feito apenas com prescrição médica e acompanhamento profissional.

Oito semanas antes do nascimento do bebê, ela parou com a pílula. Anteriormente, já havia iniciado a estimulação da produção do leite com as mãos, fazendo movimento de ordenha. “Comecei a produzir um pouquinho de leite e, então, passei a extrair a cada três horas, inclusive durante a noite. Com o tempo, minha produção seguiu aumentando”, conta. Hoje, Oakley está com três meses de vida e ela consegue amamentá-lo normalmente, dividindo a função com Leah.

Como é feita a indução à lactação

Segundo Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora de lactação com certificação internacional, esta é uma prática comum. “Consiste em fazer o processo fisiológico da lactação através de medicamentos e ordenha em um momento não relacionado ao pós-parto. O uso da pílula (hormônio) estimula o desenvolvimento mamário, simulando gestação, parto e saída da placenta, pois em cada uma dessas fases há alterações hormonais específicas”, explica.

Já a domperidona favorece a produção de leite, mas seu uso precisa ser avaliado com critério pelo obstetra. “Caso haja alguma contraindicação, existe a possibilidade de optar por um protocolo diferente, utilizando fitoterápicos”, aponta.

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A consultora destaca ainda que o protocolo regular leva um tempo considerável. “Começa seis meses ou mais antes do nascimento”, alerta, pensando nos melhores resultados. Mas a possibilidade não está descartada para quem tem um intervalo menor.

Por fim, é interessante diferenciar esse processo da chamada relactação“, que faz referência à prática da mulher que quer voltar a produzir leite. “Essa técnica consiste em colocar o bebê para sugar o seio junto com uma sonda que funciona como um canudo. Dessa maneira, o bebê vai sugando e deglutindo o leite que sai da sonda, estimulando a produção e se alimentando ao mesmo tempo”, explica a profissional. É, portanto, diferente da indução à lactação.

“Não é possível saber se o volume de leite produzido será suficiente para alimentar o bebê exclusivamente, mas os benefícios para ele e para quem amamenta são sempre valiosos”, finaliza Cinthia.

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Assista, a seguir, ao vídeo que já tem mais de 2.6 milhões de visualizações:

@caitlinandleahsheil

How I can breastfeed without being pregnant! 🥛

♬ original sound – Caitlin and Leah

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