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10 hábitos para ensinar ao seu filho e que ele levará para a vida toda

Algumas habilidades não entram no currículo escolar, mas são lições que ficam para sempre. Listamos algumas e explicamos por que são importantes

Por Ketlyn Araujo
Atualizado em 30 set 2022, 10h23 - Publicado em 8 set 2021, 16h05
Mãe e filho lavando louça
 (Marko Geber/Getty Images)
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Investir na independência do seu filho desde cedo é essencial para que ele cresça como um indivíduo mais livre e seguro de suas ações no futuro. Parte disso, é claro, está em incentivar a criança a ir para a escola, ambiente no qual ela aprende não só sobre conhecimento teórico, mas desenvolve a socialização e entende melhor sobre o valor das amizades.

Mesmo assim, existem algumas habilidades “de vida” que não se aprende em sala de aula e que cabe aos pais ou demais responsáveis repassarem o conhecimento, que vai bem além de saber fazer contas ou ir bem na prova.

Pensando nisso e a fim de te ajudar a criar adultos conscientes, listamos a seguir hábitos fáceis que podem ser inseridos aos pouquinhos na rotina da criança e que, ao longo dos anos, vão se tornar boas práticas para o resto da vida.

1. Fazer listas para organizar tarefas simples do dia a dia

Não menospreze o poder das listas quando o assunto é organização! Além de ser uma medida fácil para entender o funcionamento do seu dia a dia como mãe ou pai, o hábito de listar tarefas e pequenas obrigações da rotina é altamente benéfico para o seu filho no futuro.

Ensine os pequenos a listarem a lição de casa, os compromissos do dia a dia – aula de inglês, prática de esportes, encontro com amiguinhos – e, aos poucos, você vai notar que a prática será automática. Ah! Se quiser uma ajudinha funcional, recorra a itens de papelaria, como agendas, lousas, planners e calendários feitos para crianças que, além de práticos, costumam ser bem fofinhos.

2. Arrumar a cama

Ensine o seu filho a arrumar a própria cama, e torne-o responsável por isso quando já tiver maturidade o suficiente para entender a divisão de tarefas domésticas. Lembre-se de que, incentivá-lo a arrumar o quarto não é pressioná-lo para que isso seja feito da sua maneira ou no seu tempo: é melhor que ele tenha noções básicas de organização, mesmo que “imperfeitas”, do que chegue à adolescência sem sequer saber dobrar um lençol.

Ainda nesta linha, outros hábitos que são parte da rotina da casa também podem virar pequenas tarefas, como guardar certas peças de roupas e colocar os brinquedos de volta nas caixinhas correspondentes após brincar. Isso o torna naturalmente responsável pelo bem-estar do local onde habita – hoje, a casa dos pais; no futuro, seu próprio lar.

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3. Cuidar do bicho de estimação

Cachorro-velhinho-com-crianca-ao-lado
(Catherine Falls Commercial/Getty Images)

Ter um bichinho de estimação em casa na infância é outra forma que, acredite, permite que seu pequeno desenvolva algumas habilidades que não são aprendidas na escola. Para isso, porém, é importante que os adultos ensinem, aos poucos, sobre os cuidados básicos com o pet.

Comece pela alimentação, e deixe a criança encarregada de dar comida para o bichinho, nem que seja uma vez por dia. Conforme ela for crescendo, então, pode levar o animal para passear perto de casa, tirar o cocô e o xixi do chão, dar banho

Pode parecer banal, mas isso ajuda a desenvolver o senso de responsabilidade, empatia e cuidado com o outro.

4. Escrever cartas

Além de treinar a escrita, escrever cartas ajuda a organizar as ideias, estimula a comunicação e cria o hábito de colocar no papel o que se está sentindo ou pensando. Por isso, que tal incentivar seus filhos a escreverem correspondências ou cartões para amiguinhos e familiares?

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Claro que é possível exercitar a escrita digitando por e-mail, por exemplo, mas escrever à mão envolve diversos mecanismos complexos. A criança precisa estar mais concentrada, acessar a memória para formar a imagem das letras em sua mente, planejar o tamanho que ela vai ocupar na folha e trabalhar a coordenação motora.

Isso sem falar que, talvez a criança até aprenda na escola como colocar uma carta no correio, mas não custa nada ensinar para ela conceitos como CEP, remetente, destinatário e em qual parte do envelope todas essas informações devem estar. E tudo isso com um adicional: ajuda a criança a memorizar seu próprio endereço, para se algum dia ela se perder, tenha como pedir ajuda.

5. Saber administrar a mesada

Se você tem condições e a intenção de dar mesada ao seu filho, é importante saber conversar com ele sobre o valor do dinheiro. Mostre que gastos precisam ser realizados com responsabilidade, que aquela quantia será fornecida de tempos em tempos (e tende a aumentar progressivamente), e que é importante guardar um pouquinho para que ele possa comprar algo que quer muito.

Com o tempo, ensine sobre contas básicas que vão ajudá-lo nas compras que ele fizer com a mesada, e vá inserindo mais noções básicas de finanças – que podem ser ainda mais compreensíveis por meio de recursos como jogos de tabuleiro e livros infantis. Desta maneira, ele cresce com uma noção de despesas e tende a se enrolar menos com suas contas no futuro.

6. Cultivar uma plantinha

Mãe, filho e avó em jardim
(Vesnaandjic/Getty Images)
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Crianças que tem contato com a natureza desde cedo tendem a valorizar mais o meio ambiente e o senso de comunidade no futuro. Portanto, se você possui noções básicas de jardinagem (ou quer começar a desenvolver essa habilidade), incentive seu pequeno a cuidar da própria plantinha, ensinando a princípio sobre hábitos como rega, adubo e necessidade de luz solar.

Se ele ou ela pegar gosto pela coisa, esta pode ser uma atividade que vocês fazem juntos e diariamente, e abre para que, quem sabe, a criança tenha a própria hortinha ou o próprio jardim quando crescer.

7. Dobrar, organizar, doar

Saber dobrar peças de roupas é mais uma habilidade essencial que seu filho pode aprender desde cedo, e que vai ajudá-lo a ser mais organizado não só quando tiver a própria casa, mas em viagens e passeios.

Ensine-o, então, como dobrar as camisetas de forma simples, qual o jeito mais fácil de guardar meias, cuecas e calcinhas, quais roupinhas ficam melhor no cabide, e por aí vai. Explique que cada brinquedo tem “sua casinha” e que deve voltar para ela assim que a brincadeira acabar.

Outra noção básica que pode entrar neste momento de arrumação é separar o que não está sendo mais usado para doação. Desta maneira, os pais desencorajam o acúmulo e estimulam a prática sustentável de recircular itens.

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8. Fazer algo básico para se alimentar

Não estamos esperando que seu pequeno vire um chef de cozinha mirim. Aqui, na verdade, a intenção é que você incentive a criança a saber se virar com segurança na cozinha. Ensine como se faz um sanduíche simples, como colocar leite no copo, como montar uma salada (com os ingredientes já cortados) ou lavar uma fruta antes de consumi-la.

Evite, obviamente, objetos cortantes e deixa-a bem longe do fogo, pelo menos enquanto ela não tiver essa noção de perigo tão clara.

9. Noções básicas de primeiros socorros

Seu filho pode – e deve – pedir ajuda quando se machuca ou vê um coleguinha ferido, mas saber sobre alguns cuidados básicos quando o assunto é primeiros socorros também pode ajudá-lo bastante.

Oriente-o sempre a procurar um adulto caso isso aconteça, mas ensine-o a lavar machucados com água corrente, como colar curativos adesivos e mostre que tombos e machucados são parte da vida, e que vai ficar tudo bem.

10. Saber escutar e conversar

Além das “palavrinhas mágicas” que toda criança aprende (“bom dia, boa tarde, boa noite”, “com licença”, “por favor”, “obrigado”, “me desculpe”…), existem outras formas de mostrar educação em uma conversa.

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Escutar com atenção e paciência o que o outro está dizendo, fazer perguntas e falar com sinceridade e empatia, são exemplos de boas maneiras relacionadas ao comportamento social que são obrigação dos pais explicar e que servem para toda uma vida.

E é uma via de duas mãos: quando você se mostra aberto à escutar o que a criança tem a dizer, ela também cria uma conexão que prioriza a verdade entre vocês. O pequeno ou pequena sente que pode falar de maneira livre, sem julgamentos e pode, por exemplo, se sentir à vontade para contar sobre possíveis abusos, situações desconfortáveis ou pessoas que tenham atitudes suspeitas. Aqui, vale pontuar a importância também de ensinar a criança sobre privacidade, intimidade e a dizer “não” sem culpa, quando é preciso.

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