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Será que meu filho é superdotado?

Aprender a caminhar mais cedo, preferir a companhia de adultos e aprender por conta própria são indícios de uma criança com desenvolvimento acima da média

Por Gabriel Bortulini
26 out 2024, 07h00
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Não há um único padrão de superdotação: uma criança com altas habilidades criativas não necessariamente terá uma coordenação psicomotora acima da média (fwstudio/Freepik/Reprodução)
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Descobrir que uma criança é superdotada exige atenção e é muito importante desde cedo. Conforme os especialistas, a identificação deve ser feita, preferencialmente, na primeira infância.

A superdotação, afinal, apesar de indicar uma capacidade de aprendizado muito acima da média, também pode causar desconfortos, como o sentimento de inadequação na escola.

Atenção dos pais é fundamental

Segundo a orientação dos especialistas, a atenção dos pais é o primeiro passo para identificar os sinais da possível superdotação: bebês que começam a falar ou andar mais cedo do que o comum, crianças que aprendem a ler e escrever com fluidez e desenvoltura antes dos outros colegas ou que demonstra um poder argumentativo e um vocabulário mais rico do que o padrão para a idade.

Caso alguns desses comportamentos sejam identificados, conversar com professores, pediatras e outros profissionais também é recomendado.

Depois disso, um neuropsicólogo pode confirmar a suspeita: para crianças a partir de 2 anos e 6 meses, é possível aplicar o SonR, um teste não verbal de inteligência; já para crianças maiores, a partir dos 6 anos de idade, o mais indicado é o teste Wisc (Escala Wechsler de Inteligência para Crianças).

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Sinais comuns da superdotação

É importante entender que não há um único padrão de superdotação. Uma criança com altas habilidades criativas, por exemplo, não vai, necessariamente, ter uma coordenação psicomotora acima da média. Portanto, nem todos os sinais serão apresentados por todas as crianças superdotadas.

Alguns dos sinais mais comuns:

  • Maior facilidade e rapidez no aprendizado em comparação a outras crianças;
  • Autodidatismo e resistência à repetição e às atividades cotidianas;
  • Alto desempenho acadêmico;
  • Grande aptidão às artes;
  • Alta capacidade psicomotora: a superdotação pode estar relacionada à habilidade esportiva.
  • Grande poder argumentativo, comunicação complexa e vocabulário rico;
  • Memória excepcional;
  • Alta concentração, principalmente sobre temas de interesse da criança superdotada;
  • Curiosidade apurada e ceticismo: sempre quer saber o porquê de algo;
  • Perfeccionismo;
  • Preferir a companhia de crianças mais velhas ou de adultos;
  • Criatividade na resolução de problemas.
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Superdotação não é doença

Identificar uma criança superdotada pode não ser tão simples e depende da observação em conjunto, tanto dos pais quanto dos professores. O importante é entender que não se trata de um transtorno ou de uma doença.

Nos casos de superdotação, o cérebro funciona de uma forma diferente e exige um acompanhamento especial para que os potenciais sejam desenvolvidos da maneira mais adequada.

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