Família

5 dicas para guardar dinheiro para o futuro do seu filho

Ter uma reserva pode ser uma segurança ou dar um empurrãozinho no começo da vida adulta. Veja quais as melhores formas de poupar

por Da Redação Atualizado em 3 abr 2023, 16h53 - Publicado em
30 set 2022
13h39

Começar a vida adulta não é fácil. Sabemos que a criança aí ao seu lado (ou quem sabe ainda na barriga, ou só nos planos) está longe de ter independência e autonomia para precisar de uma quantia de dinheiro que a ajude a realizar seus sonhos. Mas acredite: passa rápido! Você piscou e lá se foram 18 anos. Para algumas pessoas, é desafiador pensar assim, em um futuro tão distante, entretanto esse dia vai chegar – e quanto mais você e seu filho estiverem preparados para ele, melhor. Iniciar uma reserva financeira desde já pode fazer a diferença para quando seu bebê estiver crescido e cheio de planos para conquistar.

Quando começar a guardar dinheiro? E, com tantas opções no mercado, como investir? De que forma ajudar o pequeno a compreender como vale a pena gastar esse recurso ainda que lá na frente? Conversamos com o especialista em finanças pessoais Pedro Leão Bispo, professor de Master in Business Administration (MBA) da Faculdade Getúlio Vargas (FGV-RJ), que deu cinco dicas importantes. Anote aí!

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1. Quanto antes começar, melhor

A verdade é que a criança sequer precisa ter nascido para os pais começarem a poupar uma quantia para ela. “Se você já sabe que o projeto é ter um filho, pode, a partir do primeiro momento, iniciar essa poupança. É um plano de vida. Quanto antes começar, melhor sempre”, diz o especialista.

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2. Depois das prioridades, antes dos supérfluos

A ideia não é economizar a qualquer custo, ok? Seja qual for a idade de seu filho, a dica número 1 só funciona quando sobra algum valor no mês, depois de suprir as necessidades primárias da família e, especialmente, da criança.

“O dinheiro a ser guardado não pode causar queda de qualidade na educação, na alimentação e na moradia. A estrutura fundamental da família tem de ser atendida primeiro”, recomenda o professor. “Se seu filho está em uma boa escola, que propicia a ele uma condição melhor de seguir na competição da vida, tem uma alimentação adequada e uma moradia confortável, aí sim você pode se programar para depositar uma quantia todo mês. E o ideal é que isso venha, no planejamento, antes de viajar, de comprar um carro novo, etc.”, acrescenta.

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3. Entenda seu perfil

Poupança, previdência privada, tesouro direto, ações, criptomoedas… Com tantas opções, nem sempre é fácil saber em que investir para garantir que o dinheiro tenha segurança e boa rentabilidade. E, nesse ponto, não há um caminho certo e absoluto.

“Se for mais conservador, a segurança vem em primeiro lugar. Então, as primeiras opções serão CDB, renda pré-fixada e poupança. Se querem dar voos mais ousados, aí, sim, vêm as rendas variáveis, como mercado de ações e criptomoedas”, explica Bispo. O capital de risco, como o nome sugere, significa que, apesar do esforço de guardar determinada quantia, você pode perdê-la. Por outro lado, também pode ganhar mais e numa velocidade maior.

Para o professor, uma modalidade que atende de forma satisfatória os objetivos de longo prazo (como guardar dinheiro para o adulto que um dia a criança será) é a previdência privada. “As instituições financeiras têm oferecido produtos bem estruturados, que ganham até isenção de tributação no rendimento. Pode ser vantajoso”, orienta.

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4. Planeje em família

Para garantir que a reserva do dinheiro de fato aconteça e que ela não seja usada (a não ser em casos extremos), é importante se organizar – sobretudo em família.

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(Richard Drury/Getty Images)

“É fundamental sentar com os envolvidos nessa empreitada de criar os filhos, normalmente os pais, e fazer o exercício do planejamento. Ver quanto cada um ganha, entender as necessidades básicas e como atendê-las, e descobrir quanto sobra. Então, definir quanto desse valor será destinado ao futuro dos filhos e quanto vai para o lazer ou outros objetivos”, indica o especialista.

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5. Educação financeira para ontem

Não adianta nada poupar dinheiro para um filho a vida toda se, no futuro, ele não tiver noção do valor daquilo e de como pode aproveitar melhor as economias. Por isso, a educação financeira desde cedo é fundamental. E é desde cedo MESMO, por volta de 5 ou 6 anos.

“A educação financeira está embasada na verdade absoluta de que todos os recursos são limitados. Então, é preciso aprender a gastar”, afirma o professor. A dica dele é ir a um shopping com o pequeno e dar uma quantia a ele – R$ 20, por exemplo. Diga que é possível gastá-la como quiser. “Em 90% das vezes, a criança volta para casa com pelo menos R$ 10. Agora, se for você quem libera o que comprar no shopping, conforme a criança pede, ela gasta R$ 150. Isso porque, dessa forma, não há a percepção da troca”, sugere Bispo.

Por fim, é importante que a família esteja atenta aos pequenos hábitos do dia a dia também. “Tem aquela velha frase que todo mundo já ouviu ou repetiu: ‘Apague a luz, não sou sócio da companhia de energia elétrica’. Mas não é só isso. É preciso explicar o que aquilo significa, dizer por que é um desperdício, dizer que deixar a luz acesa ou a torneira aberta, além de prejudicar o meio ambiente, é como pegar dinheiro do seu bolso e jogar fora”, compara.

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