Continua após publicidade

17 dicas para viajar com o bebê de avião

Saiba como evitar enjoos, dores de ouvido e quais documentos são necessários na hora de embarcar.

Por Lígia Menezes (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 05h29 - Publicado em 9 jun 2015, 11h36
danr13/Thinkstock/Getty Images
danr13/Thinkstock/Getty Images (/)
Continua após publicidade

 

1. Recém-nascidos podem viajar de avião?
As companhias aéreas aceitam transportá-los apenas quando têm mais de 7 dias de vida. Porém a recomendação médica é outra: “É ideal ter mais de 28 dias. Antes disso, ele é considerado neonatal e pode haver a necessidade de retorno ao hospital por alguma complicação”, explica o pediatra Ricardo de Castro, de Minas Gerais.

Mais seguro ainda é esperar um pouco mais. “Com menos de 3 meses, o sistema imune não está bem desenvolvido, sendo mais suscetível a infecções. Por isso, evite viagens em que haja uma grande aglomeração de pessoas”, indica a pediatra Raquel Quiles, médica assistente do Centro de Referência Nacional de Saúde da Criança do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
 
2. Quais documentos devo levar para que meu filho embarque comigo em um voo doméstico?
Se o voo for nacional, é necessário que você esteja com o documento de identidade ou a certidão de nascimento do pequeno. Lembre-se de que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, menores de 12 anos precisam estar acompanhados de, pelo menos, um dos pais ou parentes maiores de 18 anos. Caso contrário, você precisará fazer uma autorização judicial (com firma reconhecida) para que ele embarque com outro acompanhante.
 
3. Se a viagem for internacional, quais são os documentos necessários?

A criança precisará ter um passaporte. Mas fique atenta à data de validade dele, pois a de crianças menores de 5 anos é menor do que a de adultos. Também será preciso conseguir um visto caso o país de destino exija. E, se seu filho for embarcar apenas com você, é preciso levar uma autorização por escrito do pai com firma reconhecida. O modelo da carta pode ser encontrado no site do Tribunal de Justiça.
 
4. Quais procedimentos devo tomar durante o voo?
Os cuidados não mudam por você estar em um avião – eles serão os mesmos que você costuma fazer em casa. A troca de fralda, por exemplo, deve ser realizada assim que você perceber que ela está suja. A alimentação vai variar de acordo com a idade. “Em geral, não se recomendam intervalos muito longos, acima de três horas”, conta a pediatra Raquel Quiles. Se a rota for muito longa e você precisar dar banho no pequeno, lance mão das toalhas umedecidas.
 
5. Como preparar os pequenos para o voo?
“Se vai com crianças menores (até 5 anos), uma estratégia é ir durante a noite, período em que eles estão acostumados a dormir”, sugere a pediatra Raquel Quiles. Para os mais grandinhos, vale explicar tudo sobre a viagem, ilustrando os momentos de diversão que eles terão no destino. Usar a psicologia funciona muito bem nessa hora.
 
6. Como realizar a troca de fraldas no avião?
Algumas aeronaves possuem fraldários. Na dúvida, troque seu bebê antes de embarcar, no próprio aeroporto (a maioria tem fraldário, junto ao banheiro). Se precisar fazer isso no avião, chame a comissária de bordo e pergunte se tem algum lugar onde você possa ficar mais à vontade com o bebê. Mas atenção: não pule a troca de fraldas, pois isso pode causar desconforto e até assaduras graves.
 
7. Bebês viajam de graça?
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os menores de 2 anos de idade poderão ter seu transporte cobrado, mas o valor não pode ultrapassar 10% da tarifa paga pelo adulto, desde que não ocupem um assento. Já os pequenos com mais de 2 anos deverão ocupar assento e, consequentemente, pagam a tarifa (ou uma parte dela) definida pela companhia aérea. O desconto pode chegar a 50%. As taxas de embarque são isentas apenas para menores de 2 anos, segundo norma da Infraero. Os mais velhos podem ou não ganhar descontos, que seguem critérios conforme a companhia.
 
8. O atendimento das companhias é diferenciado quando viajo com meu bebê?
Sim, ou pelo menos deveria ser. Segundo a Anac, crianças de até 12 anos, de colo ou não, são consideradas passageiros com necessidades especiais e têm preferência no embarque, no check-in e nos assentos diferenciados, como os das primeiras fileiras. Isso vale também se você estiver amamentando. Mas é preciso avisar a companhia no ato da compra ou depois, pelo SAC, com 48 horas de antecedência. Para o check-in, mesmo tendo atendimento preferencial, você ainda deverá respeitar o horário de chegada pedido pela empresa, que geralmente é de uma hora para voos domésticos e duas para internacionais.
 
9. Meu limite de peso de bagagem aumenta por causa dos acessórios do bebê?
Infelizmente, não. De acordo com a Anac, a franquia de bagagem é definida por critérios de segurança, seguindo o peso máximo de decolagem do avião. Em voos domésticos, você poderá despachar até 23 kg, incluindo bagagem especial, como carrinhos. A quantidade é baixa, por isso, na hora de fazer a mala, selecione coisas que realmente irá usar e deixe de fora utensílios de que não precisará. Nos voos internacionais, essa franquia aumenta, mas é variável conforme a companhia aérea. Antes de fazer a mala, vale se informar sobre isso para não pagar por excesso de coisas.
 
10. Devo levar a carteira de vacinação de meu filho?
Sim. “Durante a viagem, podem acontecer algumas intercorrências e ser necessário checar a vacinação”, avisa a pediatra Raquel Quiles. A carteirinha também é útil em caso de doença no local de destino. “Nesse caso, o médico do pronto-atendimento verificará o cartão e tomará as medidas necessárias”, acrescenta o pediatra Ricardo de Castro.
 
11. Muitos estados brasileiros exigem que os turistas tomem vacina contra a febre amarela. Bebês podem tomá-la?
Sim. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a febre amarela deve ser dada antes de ir para a maioria dos estados brasileiros (AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF, estados considerados endêmicos; PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS, estados da área de transição; e alguns municípios de BA, ES e MG, considerados de risco potencial). Mas fique tranquila, pois, segundo o pediatra Ricardo de Castro, de Minas Gerais, essa vacina é dada sempre aos 9 meses de idade e repetida a cada dez anos. “Faz parte do calendário oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria”, garante. Agora, se seu filho tem menos de 9 meses, saiba que não é recomendado antecipar a vacina. “Nesse caso, seria melhor não ir”, diz a pediatra Raquel Quiles.
 
12. Toda criança se sente mal durante o voo?
Não, mas você precisa contar com as exceções, pois pode ocorrer com seu filho. A movimentação do avião pode causar vertigens, náuseas e até vômito. “Por isso, consulte um pediatra antes de ir e, se for o caso, cerca de 40 minutos antes de embarcar, medique seu pequeno de acordo com as recomendações dele”, alerta a pediatra Raquel Quiles. Outro incomodo comum é a dor de ouvido, principalmente nos menores de 2 anos. Para isso, o médico Ricardo de Castro sugere: “Ofereça líquidos enquanto o avião está sob pressurização. Assim, os ouvidos não tencionam tanto e doem menos”.
 
13. Se meu filho estiver gripado, ele pode viajar ou a pressão do avião irá prejudicá-lo?
A pressão pode acentuar o processo, sim. Porém, de acordo com o pediatra Ricardo de Castro, isso não contraindica a viagem. “No entanto, se ele apresentar estado febril intenso e processos respiratórios mais graves, como broncoespasmos, resolva antes de sair”, diz.
 
14. As companhias aéreas oferecem comida especial para crianças?
A Anac não tem nenhuma regulamentação para isso. Mas algumas companhias oferecem alguns diferenciais, como papinhas e refeições especiais. Porém, para requisitar, é preciso avisar no SAC da empresa com até 48 horas de antecedência ou pelo seu agente de viagem. Não é regra, mas pode funcionar bem: voos com menos de uma hora e meia não servem lanche, e os mais longos do que isso, sim.
 
15. Posso subir no avião com mamadeira, leite e papinhas na bagagem de mão?
Sim, mas apenas com as quantidades que serão utilizadas durante seu voo. Portanto, calcule o quanto vai usar antes de sair de casa. Não se esqueça de que, de acordo com a Anac, os alimentos devem ser apresentados no momento da inspeção, ou seja, na hora do raio X da mala de mão.
 
16. Posso embarcar com remédios?
Sim, mas eles devem ser transportados apenas na quantidade a ser utilizada durante o voo, incluindo as escalas. Além disso, é preciso apresentá-los no momento das inspeções de bagagem. Em voos internacionais, é preciso apresentar o receituário do médico. E não esqueça: quantidades maiores do que as que serão utilizadas durante o voo devem ser levadas na mala despachada.
 
17. O que devo levar na bagagem de mão quando viajo de avião com bebês?

Veja a lista que os pediatras Raquel Quiles e Ricardo de Castro preparam para você não se esquecer de nada:

  • 1 ou duas mamadeiras vazias (para colocar os líquidos oferecidos no avião, como água ou suco);
  • Leite artificial (caso use);
  • Alimentação, como papinhas (caso a companhia aérea não forneça);
  • Chupeta;
  • Fraldas;
  • Lenços umedecidos, toalha ou chumaços de algodão (para molhar com água no banheiro) para higiene;
  • Pano de boca;
  • Travesseiro (caso a companhia aérea não forneça um);
  • Coberta ou blusa de frio (para proteger do ar-condicionado);
  • Brinquedos silenciosos (para não incomodar os outros passageiros);
  • Duas trocas de roupa;
  • Medicamento para febre e outros que costuma usar.
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.