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7 coisas que mães gostariam que seus parceiros fizessem sem precisar pedir

Quando o assunto é criação dos filhos, existe uma série de atitudes e iniciativas vistas como responsabilidade total da mulher – mas não deveria ser assim.

Por Ketlyn Araujo
12 mar 2021, 18h00
Pai-alimentando-filho-durante-home-office
 (robuart/Getty Images)
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Basta alguns minutos de conversa com qualquer mulher – e mãe – em um relacionamento heterossexual para perceber que, por mais que existam exceções, os cuidados com a casa, com as crianças e praticamente tudo o que envolve o gerenciamento do lar fica por conta delas. Isso não é uma grande coincidência, mas sim reflexo de uma sociedade e cultura machistas, que colocam mulheres nesse lugar de responsabilidade absoluta, enquanto homens são meros “ajudantes”.

Não estamos dizendo que não existam homens que ajudam a minimizar um pouco desta carga mental materna, mas o problema não está no ato de ajudar, e sim na falta de iniciativa e no quanto a divisão costuma ser injusta. É como se o trabalho doméstico e da maternidade fosse sempre desvalorizado: enquanto o homem pode usar o argumento de trabalhar fora para justificar o cansaço, a mulher, inclusive a que também possui um trabalho formal, tem de dar conta de tudo. E o gerenciamento de tarefas e demandas também exige muito da saúde mental de qualquer pessoa.

“Tudo é necessário pedir. Eu não queria ter um ajudante, um assistente. Eu queria ter um gerente do lar, assim como eu sou. Lembrar de tudo o que é necessário para uma casa se manter em pé, por mais que eu tenha essa ajuda, é exaustivo”, desabafa Júlia*, mãe de uma criança de dois anos, em entrevista para o Bebê.com.br.

Na opinião de Paula*, que tem uma filha de seis anos, o que mais incomoda é o fato de a mãe sempre ter de checar com o parceiro se os cuidados básicos com a criança estão sendo feitos. “Quando a minha filha era bebê ele era mais prestativo, mas acho que isso acontecia porque ele não trabalhava fora. Agora, que ela vai fazer sete anos, eu tenho que ficar pedindo ajuda. Ela já sabe argumentar, tem as próprias opiniões e precisa ser educada, mas isso dá mais trabalho e exige um pouco mais da cabeça e disposição da pessoa. E aí rola uma certa preguiça, a gente percebe isso”, relata.

O caminho é longo e exige muito diálogo entre os casais, além de uma criação menos machista e mais igualitária quando pensamos nas crianças que se tornarão adultos futuramente. Para refletir, conversar em casa e mostrar que o buraco é muito mais embaixo, reunimos a seguir 7 coisas que mães gostariam que seus parceiros fizessem em casa sem a necessidade de pedir por isso.

*Os nomes das entrevistadas foram trocados, a pedido delas, na intenção de manter o anonimato.

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1. Pensar nas refeições

Acredite se quiser, mas este é o item campeão de respostas. Muitas mulheres gostariam que seus parceiros fossem os responsáveis em casa por dar comida para os filhos, seja no café da manhã, no almoço ou no jantar, o que já aliviaria bastante as demais responsabilidades do dia a dia.

O que acontece é que alguns homens, principalmente quando trabalham fora e chegam cansados, aproveitam para relaxar com as crianças e “se esquecem” de que elas precisam de ajuda com a alimentação – o que não deveria ser obrigação apenas da mãe. Isso sem falar sobre a responsabilidade, quase sempre da mãe, de precisar prover uma alimentação balanceada e saudável para as crianças.

2. Dividir a rotina da manhã

Outra queixa bem comum entre mães é a falta de iniciativa com os pequenos no período da manhã, que costuma ser mais corrido. Para algumas mulheres, seria essencial que o parceiro tivesse a iniciativa de acordar no horário das crianças para prepará-las para a escola, por exemplo, enquanto a mãe descansa por mais algumas horas. Ou, então, que ele arrumasse a cama dos pequenos e os ajudasse a escovar os dentes, dividindo melhor as responsabilidades do casal durante as primeiras horas do dia.

3. Compartilhar as responsabilidades escolares

Olhar a agenda da criança e ver se existe alguma recomendação ou advertência dos professores, ligar para a escola quando necessário, prestar atenção no estado atual do uniforme dos filhos, arrumar a mochila do pequeno, comprar materiais… Responsabilidades escolares, geralmente, também ficam por conta da mãe, e seria um verdadeiro sonho se mais pais pudessem gerenciá-las espontaneamente.

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4. Dividir a organização e gerenciamento da casa

Sabe-se que fazer listas é um mecanismo para deixar qualquer rotina menos atribulada, principalmente com crianças, mas de acordo com muitas mulheres também falta iniciativa dos parceiros nesse sentido. Elas gostariam, por exemplo, que a lista do supermercado ficasse por conta deles, que tendem a não perceber quais itens, de alimentos básicos para as necessidades do pequeno à quantidade de fraldas e produtos de farmácia, estão em falta na casa.

Ainda na linha da organização, ter a sensibilidade de notar que algumas roupas não servem mais na criança e precisam ser trocadas por novas, ou até agir arrumando a mala dos filhos quando vocês forem viajar também contam – e muito.

5. Realizar as tarefas domésticas

A divisão de tarefas domésticas, mesmo que mais presente e discutida na vida de muitos casais heterossexuais, ainda é um ponto crítico para várias mães. Seria incrível, afinal de contas, que os parceiros se oferecessem para cuidar do básico em casa: lavar a louça, colocar as roupas no varal, trocar toalhas e roupas de cama, lavar a roupa…

6. Marcar consultas médicas 

É bastante comum que levar as crianças ao pediatra seja responsabilidade do pai, mas o momento de marcar as consultas e até de perceber que a criança precisa de atendimento é quase sempre da mãe. Mais uma vez, é como se toda e qualquer demanda mais ligada à organização fosse obrigação materna. E podem até ser tarefas pequenas, mas que juntas, consomem tempo e paciência.

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7. Combinar atividades com os amiguinhos

Por fim, há uma ilusão de que toda a parte de interação social da criança com amiguinhos, cursos e atividades extracurriculares deve também ser organizada pela mulher. Ou seja, dificilmente é o pai quem liga para outros pais e mães a fim de combinar encontros, conversas ou atividades entre os pequenos, o que é essencial para um bom desenvolvimento infantil. A conta não fecha e é mais uma prova de que mulheres ficam também sobrecarregadas por uma simples falta de tempo livre.

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