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8 maneiras simples de ensinar gratidão para as crianças

Longe da positividade tóxica, pequenos lembretes para mostrar aos filhos que, mesmo durante situações difíceis, ainda existem motivos para agradecer.

Por Ketlyn Araujo
13 nov 2021, 10h00
Menina pulando na cama com arco-íris desenhado na janela
 (NataliaDeriabina/Getty Images)
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Comemorado em países como Estados Unidos e Canadá, o Dia de Ação de Graças é celebrado anualmente na quarta quinta-feira de novembro, e configura-se como um feriado no qual as famílias se reúnem para compartilhar as refeições e agradecer pelo ano que está chegando ao fim.

Apesar de não termos Ação de Graças no Brasil, talvez você não saiba que o próximo dia 13 deste mês é conhecido como o Dia Mundial da Gentileza e, mesmo que a data não conte com tanta adesão popular por aqui, você pode usá-la como uma ótima oportunidade para começar a repensar hábitos, atitudes e ensinar aos pequenos diferentes formas diárias de exercer a gratidão – ainda mais depois de quase dois anos em pandemia.

A seguir, listamos alguns exemplos práticos para que tanto você quanto seus filhos possam reconhecer motivos para agradecer todos os dias, com os dois pés no chão e sem recorrer à positividade tóxica.

1. Valorize mais o hábito de dizer ‘obrigado’

Embora dizer ‘obrigado’ seja quase que automático para algumas pessoas, quando falamos sobre crianças o hábito precisa ser reforçado, valorizado e incentivado.

Garanta, então, que o seu filho agradeça sempre que necessário, a quem quer que seja, e dialogue com ele sobre a importância de reconhecer quando alguém oferece ajuda, presta um serviço ou se mostra disponível.

2. Incentive a criança a escrever sobre o que ela é grata

A escrita é uma das formas mais poderosas de autocompreensão e análise, e listar junto dos pequenos acontecimentos que despertem a gratidão pode funcionar como um lembrete diário de que, mesmo em momentos de dificuldade, vocês podem encontrar bons motivos para sorrir.

Munidos de um caderninho dedicado ao bom da vida, escreva com as crianças – ou, se possível, deixe que elas mesmas escrevam – de três a cinco coisas pelas quais vocês são gratos naquele momento: seja um dia de sol, a visita de um amiguinho, boas notas na escola, uma comida gostosa… o exercício pode ser feito todos os dias, semanalmente, quinzenalmente, fica a seu critério.

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Ah! Se quiser trocar o caderno por um novo formato, deixe a alcance dos pequenos um potinho transparente ou ‘caixa da gratidão’, nos quais eles podem depositar os próprios agradecimentos sempre que fizer sentido.

3. Dedique-se a um trabalho voluntário – e deixe que os pequenos participem também!

Se você nunca realizou nenhum tipo de trabalho voluntário mas sempre teve vontade, aproveite o momento para pesquisar sobre ONGs e projetos que ajudem causas com as quais você se identifica, e informe-se sobre as diferentes maneira de contribuir com eles.

A partir daí, você pode tanto ensinar às crianças sobre a importância do voluntariado, quanto fazer com que eles te acompanhem em algumas das tarefas e percebam na prática o bem que faz ajudar o outro – além de incentivá-los a entrar em contato com realidades diferentes das deles.

4. Permita que as crianças ajudem nas tarefas domésticas

Mãe e filho lavando louça
(Marko Geber/Getty Images)

Fazer com que os pequenos ajudem, aos poucos e de acordo com a faixa etária, nas tarefas domésticas, além de contribuir para o senso de independência e responsabilidade, faz com que eles cresçam como adultos que entendem o esforço envolvido nos cuidados com a casa (e o quanto isso é importante).

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À medida que eles vão crescendo, fica mais fácil desenvolver a gratidão também neste sentido, já que eles são capazes de perceber que, para que exista conforto dentro de casa, é preciso colaboração mútua.

5. Crie uma lista de desejos realizados

Fazer planos possíveis para o futuro é saudável e contribui para que as crianças alimentem a criatividade, seus próprios sonhos e desejos, mas colocar no papel aquilo que já foi conquistado, apesar de não tão comum, também pode funcionar como uma ótima maneira de exercitar a valorização da nossa trajetória. 

Ao contrário do caderninho mencionado acima, porém, aqui estamos falando sobre o hábito de listar acontecimentos que anteriormente eram apenas ideias, mas que com o tempo se tornaram realidade: uma viagem em família para o destino dos sonhos, a formatura do colégio, uma mudança de casa, a chegada do irmãozinho ou irmãzinha, a adoção de um pet…

6. Converse sobre desigualdade social

Fazer com que as crianças entendam que, infelizmente, nós vivemos em um país marcado pela desigualdade social, é mais uma forma de permitir que elas reconheçam os próprios privilégios e percebam a importância de ter aquilo que deveria ser considerado o básico para todos, como uma cama quentinha para dormir, comida no prato e acesso à saúde e educação.

Neste sentido, livros, desenhos animados e filmes podem ser ótimos recursos para desenvolver aos poucos o entendimento sobre diferenças de classe e, mais do que isso, aprender a tratar com respeito a todos sem distinção. 

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7. Ensine-os sobre a importância de ouvir e aceitar o ‘não’ como resposta

Aprender a dizer ‘não’ aos filhos é, além de premissa para que eles cresçam entendendo sobre limites e paciência, uma outra maneira de fazer com que eles valorizem aquilo que já possuem e sejam gratos por isso.

Negar algo – quando foge do necessário – é um exercício também para os adultos, já que estimula os pais a repensarem sobre desperdício, acumulação e consumo consciente.

8. Cuidado com a autodepreciação e competição desnecessárias

Crianças estão mais atentas do que você pode imaginar àquilo que acontece nos ambientes nos quais estão inseridas todos os dias, como a escola e a própria casa. Portanto, se você deseja que seu filho seja grato e valorize tudo aquilo que é e possui, evite fazer comentários autodepreciativos ou negativos perto dele, mesmo que naquele momento você esteja sentindo inveja ou comparando a sua situação à de outro alguém. 

Além disso, se você ouvir o pequeno comparando a si mesmo com outra criança – seja um irmão, primo ou coleguinha da escola -, e, mais ainda, colocando-se como inferior a ela, é importante chamar a atenção dele e fazê-lo perceber que, apesar das diferenças, ele também tem motivos de sobra para se orgulhar de sua trajetória e agradecer pelas conquistas

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