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Estudo aponta “técnica ideal” para fazer o bebê parar de chorar

Pesquisadores observaram que se movimentar faz a diferença para ajudar a criança a se acalmar. Eles ainda ensinam um "truque" para colocá-la no berço

Por Carla Leonardi
Atualizado em 20 set 2022, 12h59 - Publicado em 20 set 2022, 12h56
bebê chorando
 (Thinkstock/Getty Images)
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Há dias em que parece que nada adianta. Você enrola o bebê como um charutinho, desenrola, canta, dança, anda para lá e para cá, tem vontade de chorar junto com ele até que o pequeno finalmente dorme. No entanto, quando o coloca na cama… O choro volta com tudo. Se você tem um filho nos primeiros meses de vida, é provável que tenha passado por isso recentemente. Mas calma! A situação é tão normal que virou até objeto de pesquisa em um instituto japonês, o RIKEN Center for Brain Science, resultando em um artigo publicado na revista científica Current Biology.

No experimento, os estudiosos observaram 21 bebês de zero a sete meses de idade, examinando quatro formas para diminuir o choro a partir da ação da mãe: segurar a criança e caminhar, segurá-la e sentar, colocar o bebê no berço e deixá-lo lá, colocar o bebê no berço e balançá-lo.

Os resultados mostraram que as duas situações em que houve movimento (andar com a criança e balançá-la no berço) foram eficazes no efeito calmante, diminuindo os batimentos cardíacos do pequeno, enquanto as outras duas formas (carregar o bebê sentada e apenas colocá-lo no berço) não tiveram resultado positivo.

Para os pesquisadores, isso aponta que o contato materno por si só não é suficiente. É preciso movimentar a criança. Mas no experimento, assim como na vida real, foi observado que, quando as mães tentavam passar o bebê para a cama, o chororô voltava – mesmo que a ação fosse feita de forma lenta e suave.

bebê chorando
(vichie81/Getty Images)
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Como colocar o bebê no berço

A maneira “ideal” de contornar o problema, segundo os estudiosos, estaria no cronômetro. Depois que o pequeno se acalma, a recomendação é permanecer sentada com ele no colo de cinco a oito minutos e só então colocá-lo no berço.

O estudo sugere que essa janela de tempo é o que o levamos para cair em um sono mais profundo, ou seja, o “truque” está em esperar a criança adormecer de vez, e não no jeito com que ela é transferida de lugar. “Eu tenho quatro filhos e liderei esse experimento. Mas nem eu mesma poderia prever os resultados até termos as estatísticas. Porque a fisiologia infantil é inesperadamente complexa e nossa intuição é muito limitada. É por isso que precisamos da ciência”, afirmou a principal pesquisadora do estudo, Kumi Kuroda, em um vídeo institucional.

Certamente, cada família vai encontrar a forma ideal de acalmar o filhote, porém, naqueles dias em que nada parece resolver, talvez não custe tentar.

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