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Natália Guimarães sobre Maya e Kiara: “Todos comparam as duas”

Em entrevista exclusiva, a mamãe falou sobre a importância de respeitar a individualidade de cada filha e os planos de aumentar a família.

Por Luísa Massa
Atualizado em 8 dez 2017, 17h43 - Publicado em 8 dez 2017, 17h29
 (Thalita Castanha/Fisher-Price/Divulgação)
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As gêmeas Maya e Kiara têm apenas quatro anos de vida, mas possuem mais de 330 mil seguidores no Instagram. E os pais corujas, Leandro, vocalista da banda KLB, e Natália Guimarães, vice-campeã do Miss Universo 2007, compartilham com frequência fotos e vídeos divertidos das garotinhas.

Na última terça-feira, 05, batemos um papo com Natália no evento sobre desenvolvimento infantil realizado pela marca Fisher-Price em São Paulo. Na conversa, a mamãe falou sobre as comparações que as filhas enfrentam e revelou a ideia de ter outro bebê não está fora de cogitação. Confira:

Qual é a parte mais difícil e a mais deliciosa de ser mãe de gêmeas?

 Natália Guimarães (N.G.): Na verdade, não é que é difícil, mas eu acho que Deus nos capacita porque ficamos muito cansadas. No meu caso, as meninas são muito diferentes – principalmente em relação aos horários. Uma acorda mais tarde e dorme mais tarde, a outra acorda bem cedo e também dorme mais cedo, então, quando uma dorme, eu não vou descansar porque a outra só vai pegar no sono depois. E no outro dia, eu tenho que estar lá cedinho pronta para [receber] a que desperta mais cedo. Eu não tenho tanto tempo para mim, mas acho que o amor é tão grande que a gente tem vontade de ficar perto delas, de dar carinho e atenção. É muito estranho o que acontece [quando viramos mães] porque parece que esse cansaço simplesmente vai embora e conseguimos fazer tudo o que precisamos.

Você comentou que elas são bem diferentes. Como lida com isso para respeitar a individualidade de cada uma?

N. G.: É uma tarefa difícil, mas eu considero muito importante entender que as duas têm vontades diferentes, personalidades diferentes, e que cada uma está se desenvolvendo da sua forma. Ao mesmo tempo, também é muito lindo sabermos que são dois seres humanos distintos e que cada uma vai poder tomar as suas próprias decisões. Eu acho que o mais importante do nosso papel como pais é guiar bem os filhos e realmente deixá-los ter as suas próprias escolhas.

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E é muito difícil fugir das comparações?

N.G.: É impossível. Todo mundo compara [as duas] – principalmente nas redes sociais. A Kiara é bem desenvolta, não tem vergonha de nada e a Maya é mais introspectiva – ela só é mais ‘saidinha’ quando está com a família. Então não tem como: todos percebem isso, tanto que acabam repercutindo muito mais sobre a Kiara e seus ‘shows’, já que a Maya fica mais no cantinho dela.

As meninas estão na mesma sala? Como foi tomar essa decisão?

N.G.: Na escola [que elas frequentam] só tem uma turma dessa idade, então, não teria nem como escolher. Mas acho isso muito bacana porque eu, como sou filha única, fui uma criança muito sozinha – quando tinha alguma amiguinha para ir lá para casa e para brincar comigo, aquele era um momento muito especial. Ver o dia a dia delas [que] sempre [estão] com uma companhia e ficam juntas é muito legal. Isso faz o amor entre elas crescer e emociona muito a gente.

Maya e Kiara aparecem com frequência nas redes sociais e até têm um perfil no Instagram. Como você pretende respeitar a privacidade delas?

N.G.: Elas estão começando a entender [essa questão] agora e se falam ‘eu não quero tirar foto, não quero fazer vídeo’, na mesma hora eu respondo: ‘tudo bem’, desligo [o celular] e pronto. Ou então quando elas estão fazendo alguma coisa engraçada, eu pergunto: ‘posso filmar?’ e muitas vezes as meninas dizem: ‘sim, mas espera um pouco’.  Aí elas já se preparam e fazem alguma coisa. Elas estão começando a entender e acho isso muito importante. Se não tiverem a possibilidade de decidir, no futuro isso pode virar até mesmo um trauma, uma coisa negativa. 

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Como foi a sua experiência com a amamentação?

N.G.: Amamentei as duas até os 10 meses e foi maravilhoso! Eu acho que o aleitamento cria um elo muito grande entre a mãe e o filho. Acredito que toda mãe, se tiver a oportunidade, se tiver como, deve amamentar o máximo possível porque vale a pena. Eu mamei até os quatro anos de idade e, inclusive, sou muito unida com a minha mãe. Tentei ao máximo passar isso para as minhas filhas, mas quando tinham 10 meses, elas mesmas começaram a largar.

Você e o Leandro têm planos de aumentar a família?

 N.G.: Não sei… Estou vendo o bebê da Karina [Bacchi, que também estava no evento] e está me dando um nó no coração, um desejo de ter [outro]. Dá até vontade de falar para ela: ‘olha, não fica ansiosa para saber como vai ser lá na frente porque passa tudo tão rápido. O importante mesmo é você curtir essa fase porque cada dia é diferente’. A gente tem saudade, né?

Então fica aí o mistério?

N.G.: Sim… [risos]. Tenho medo de ficar grávida e serem gêmeos novamente – a chance de isso acontecer é alta. Aí eu não terei três, mas quatro filhos. Então a gente tem que estar com a vida bem preparada, com tudo bem no esquema, para curtirmos a felicidade se vierem gêmeos.

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O que você diria para uma mulher que acabou de dar à luz gêmeos?

N.G.: Eu diria que as noites de sono tranquilas acabaram, mas, ao mesmo tempo, que elas vão ser mais felizes. A vida vai começar a ter mais sentido e é aquilo que eu falei antes: não precisa ter muita preocupação porque quando a mãe tem gêmeos, ela é capacitada, existe uma força extra, uma energia extra e ela acaba dando conta do recado.

 

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