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Entenda movimento que buscar alterar termos obstétricos desatualizados

Batizada de 'Renaming Revolution', a ação criou um vocabulário que visa o respeito pelas mulheres em momentos difíceis da maternidade.

Por Alice Arnoldi
22 jun 2021, 17h27
Jovem-grávida
 (Olena Ruban/Getty Images)
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Após a discussão de que a perda de um bebê é identificada com mais respeito quando o termo “aborto espontâneo” é substituído por “perda gestacional”, a atenção para a mudança de termos obstétricos volta à tona com o importante movimento chamado Renaming Revolution (em tradução livre, “Revolução da renomeação”). A partir dele, busca-se a atualização de expressões ultrapassadas usadas pela comunidade médica que acabam envergonhando, julgando ou tornando invisível algumas mulheres durante a jornada materna.

A ação foi iniciada pelo aplicativo Peanut, que ouviu diferentes figuras femininas para entender quais eram as palavras ainda usadas, para referirem-se ao mundo materno, que traziam sentidos dúbios, estigmatizados e não empáticos. O movimento ganhou ainda mais força quando a modelo norte-americana Chrissy Teigen compartilhou o conteúdo no Twitter, relatando que também viveu uma situação assim, ao ter sua gravidez chamada de “gestação geriátrica” por ter 35 anos.

Com a extensa repercussão do assunto, o novo vocabulário com a atualização de mais de 60 expressões foi criado, com o auxílio de lingüistas e também profissionais da saúde. “Este glossário visa redefinir os termos com carga negativa que são frequentemente usados ​​durante os momentos mais sensíveis e vulneráveis ​​da vida das mulheres”, descreve a apresentação do movimento.

Quais termos foram alterados?

O glossário muda expressões importantes divididas em cinco capítulos, fertilidade, perda, gravidez, parto e maternidade. Abaixo, listamos algumas delas para também repensarmos os termos dentro dos consultórios brasileiros em um movimento para que sejam respeitadas as individualidades de cada mãe. Vejam quais são elas:

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  • Parto natural = parto vaginal ou parto cirúrgico
  • Estéril ou infértil = desafios de reprodução ou lutas reprodutivas
  • Gestação tardia ou gravidez geriátrica = gravidez 35+
  • Aborto espontâneo = perda gestacional
  • Fornecimento insuficiente de leite = baixo suprimento de leite
  • Dona de casa = cuidadora integral do bebê

Para que o novo vocabulário alcance cada vez mais pessoas, o aplicativo Peanut tem emitido cópias para clínicas especializadas no acompanhamento feminino nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. “Nós esperamos que o nosso glossário sirva como um recurso importante para todos aqueles que conversam com mulheres sobre suas experiências maternas e seja parte da criação de um futuro sem estigmas”, reforça o documento. Caso você tenha interesse em conhecer todas as mudanças propostas, veja o documento completo aqui.

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