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Autoestima da mãe no pós-parto

As razões pelas quais as mamães não devem descuidar de si mesmas depois que o bebê nasce.

Por Michelle Veronese (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 11h45 - Publicado em 20 Maio 2015, 12h03
Goodshoot/Thinkstock/Getty Images
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Você se olha no espelho e…. Não se reconhece! O cabelo está diferente, a pele mudou, os seios andam cada dia mais inchados e o peso ainda não voltou ao normal. As roupas da gravidez não servem mais e as outras continuam pra lá de apertadas. Ai, ser mãe tem um preço alto para a aparência. Mas sossegue, porque toda mulher passa por isso – e, com alguns cuidados, dá para encarar esse período com muita tranquilidade.
 
Nas primeiras semanas após o parto, o bebê vai exigir cada minuto da sua atenção – e irá berrar alto quando não conseguir. O pequeno quer mamar a todo instante. Depois, dorme, acorda, chora. É assim o tempo inteiro, não tem para onde correr. “Daí, é absolutamente normal a mulher se descuidar um pouco nesse período, até porque o sono da criança ainda não é regular”, conta a psicóloga Fátima Bortoletti, da Universidade Federal de São Paulo.
 
Portanto, espere. Depois de algumas semanas, o pequeno passará a comer e dormir em horários mais ou menos regulares – e as mamães, obviamente, ganham mais um tempinho para elas. Nessas horas, porém, nada de aproveitar o sono da criança para se atolar em outras tarefas. “Muitas mulheres, em vez de descansar, aproveitam para se ocupar da casa e da família. Com isso, acabam se esquecendo delas mesmas também nessa fase”, explica a psicóloga Angélica Capellari, da Universidade Metodista de São Paulo. Essa ânsia de querer fazer tudo, nem precisa dizer, causa um desgaste gigantesco. E, segundo a especialista, lá na frente pode abrir brecha para vários problemas, inclusive a sabotagem da própria autoestima.
 
É fato. Cansaço, irritação e angústia dão as caras quando a mamãe está sobrecarregada. E, sem ela perceber, vai se sentindo desanimada e pra baixo. “Essa pressão diária faz a mulher pensar que não dá conta de tudo e, com o tempo, ela fica insatisfeita consigo mesma”, explica Angélica. Esse pode ser o primeiro passo para a temida depressão pós-parto. “O problema é sério e muitas vezes está relacionado à pressão de ser mãe, mulher e profissional”, alerta Fátima.
 
Portanto, é bom ir com calma e não se cobrar tanto. “Assim que chegar da maternidade, comece fazendo pequenas pausas no seu papel de mãe e mulher”, sugere Angélica. Por exemplo, se o bebê dormiu e você está exausta, nada de lavar roupinhas, organizar a casa, fazer comida. Esse é o melhor momento para repousar. Peça também para o pai ou outra pessoa olhar a criança e aproveite os minutos de folga para cuidar de você. Aliás, pedir ajuda – seja do companheiro, da família, da empregada ou de uma amiga – é essencial. “É um reconhecimento de que você não é uma super-mulher e que também tem limites”, conta Fátima.
 
Se estiver muito cansada, controle as visitas. Acredite, ter a casa cheia de gente é um desgaste para a mãe e o bebê – sem falar que você vai perder justamente aqueles minutinhos que poderia dedicar a si mesma. E, por fim, olhe-se no espelho sem neuras. Não se sinta culpada porque decidiu cuidar um pouco de você, da pele, dos cabelos – muito menos pela forma que seu corpo assumiu nesta fase. Afinal, se estiver bem consigo mesma, vai cuidar ainda melhor do seu bebê.

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