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É verdade que o cabelo cai mais depois da gravidez?

É importante que os cuidados comecem ainda na gravidez para que a queda dos fios seja minimizada no pós-parto.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 18 ago 2020, 16h24 - Publicado em 17 ago 2020, 10h56
 (Juliana Pereira/Bebê.com.br)
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Os nove meses da gestação podem trazer para as mães uma nova aventura com o cabelo: elas podem vê-lo crescendo com mais facilidade, ganhando mais volume e brilho. O motivo que leva a essa transformação é o aumento dos hormônios comuns na gravidez, como o estrogênio, produzido pelos ovários.

“Ele impacta muito na produção das glândulas sebáceas do couro cabeludo e com isso é possível perceber uma melhora na qualidade do cabelo, deixando os fios fortes e brilhosos”, explica o dermatologista Amilton Macedo, especializado em medicina preventiva. A secreção do sebo impede que o cabelo perca água de maneira excessiva e, consequentemente, não fique ressecado. 

Já quando chega o pós-parto, o processo que acontece é contrário. O especialista detalha que o nascimento do bebê leva a queda dos níveis de estrogênio no organismo da mãe. Essa diminuição somada ao estresse e o cansaço da adaptação de ter um recém-nascido em um casa podem ocasionar em uma queda significativa dos fios.

Segundo Thiago Bianco, cirurgião capilar, esta perda se inicia entre o primeiro e terceiro mês após o parto e tende a se estabilizar após seis meses. “Com o passar do tempo, o organismo se ajusta aos novos níveis hormonais, a queda dos fios diminui para a quantidade regular e eles voltam a ficar saudáveis”, esclarece o médico.

Cuidados ainda na gestação

Para minimizar a perda da cabeleira após o parto, é importante que os cuidados comecem ainda na gravidez. Amilton explica que o primeiro passo é entender qual é o seu tipo de cabelo para que a higienização e a hidratação do couro cabeludo possam ser feitas da maneira correta.

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“É recomendado usar produtos sem sulfato, parabenos ou com fragrância forte para evitar possíveis alergias na pele ou irritações no couro cabeludo”, reforça o especialista.

Ativos nutritivos, como manteiga de karitê, podem ser mais efetivos na hora de dar mais vida para os fios. Entretanto, sempre que um produto entrar na rotina de cuidados, é essencial que o médico que acompanha a gravidez seja consultado. “Isso porque existem alguns ativos que devem ser evitados na gestação, como o ácido salicílico”, pontua Amilton.

O mesmo vale para a suplementação vitamínica oral. Ferro e vitamina D podem ser bons aliados na prevenção da queda dos fios, especialmente para mulheres que já perderam muitos fios em gestações anteriores ou com histórico familiar de avós que também tiveram grande queda capilar no pós-parto. Entretanto, nenhuma medicação deve ser administrada sem acompanhamento médico.

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No pós-parto

Com tantas demandas após o nascimento do bebê, sabemos que dedicar horas e mais horas para cuidar dos fios não é possível para muitas mães. Por isso, a principal recomendação do Dr. Thiago é a atenção para uma alimentação rica em flavonoides, encontrados em frutas, como maça, morango, uva e outras opções com coloração avermelhada. Além de vegetais, como brócolis e espinafre; e cereais, como linhaça, nozes e soja.

Beber bastante líquido também é essencial para a recuperação dos fios. No período após o parto, inclusive, já é uma demanda da amamentação.

No cuidado direto com os fios, o dermatologista aconselha as mulheres a evitarem penteados que danifiquem ainda mais o cabelo, como tranças e rabo-de-cavalo. As fontes de calor, como chapinha e escova, também não são as melhores amigas neste momento.

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“Já xampus e condicionadores antiqueda somados às massagens capilares podem ajudar”, explica o médico. E complementa dizendo que pentear o cabelo com cuidado também é um processo importante para não arrancá-lo, já que ele estará mais frágil e qualquer movimento conta.

Se após o período agudo de queda ou, ainda nele, a mãe perceber que tufos com mais de 100 fios estão caindo, é importante procurar um especialista para analisar o quadro e revertê-lo.

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