Já ouviu falar em diástase? Talvez o termo não seja tão estranho para você. Em 2015, a cantora Sandy contou que passou por isso após a gestação do filho, Théo. E ela não é a única! Esse deslocamento dos músculos abdominais após o nascimento de um filho é muito comum entre as mulheres – independente do tipo de parto. Tanto que na última terça-feira, 8, quem também falou sobre o assunto foi Thais Fersoza. A atriz deu à luz em agosto de 2016 e, nesta semana, usou o seu perfil no Instagram para revelar o que tem feito para minimizar o problema: ela aderiu aos exercícios hipopressivos.
Para explicar no que consiste essa série de atividades, conversamos com Alexandre Alves, diretor da clínica Fit Mommy, de São Paulo, que tem acompanhado Thais nessa recuperação após a chegada de Melinda. Com formação internacional em exercícios hipopressivos, o educador físico especializado em gestantes e pós-parto afirma que o método foi criado nos anos 80 pelo belga Marcel Caufriez: “Ele começou com a preocupação de recuperar o assoalho pélvico – uma musculatura que sofre durante a gestação, principalmente no parto normal. A técnica foi evoluindo e Marcel percebeu que melhorava também a diástase, o tônus abdominal e trazia outros benefícios”.
Entre essas benesses estão reduzir a cintura; melhorar a vascularização, a postura e a sensibilidade sexual; prevenir a incontinência urinária e hérnias vaginais; aumentar o metabolismo, o tônus do assoalho pélvico e da faixa abdominal; além de evitar prolapsos. São tantas vantagens que dá mesmo para entender porque tantas mulheres se renderam à prática – que não é recomendada apenas para grávidas e pessoas hipertensas.
Os exercícios hipopressivos são feitos em posturas inicialmente isométricas aliadas à apneia, ou seja, a pessoa inspira, expira, relaxa o abdômen e abre as costelas. “Com a diminuição da pressão abdominal, a barriga é puxada para dentro e o assoalho pélvico para cima. Por esse motivo, a técnica é chamada de hipopressiva: ‘hipo’ significa menos e ‘pressivo’, pressão”, esclarece Alexandre. Devido à complexidade do método, é indispensável o acompanhamento de um profissional especializado na hora dos treinos.
Vídeo mostra o exercício sendo realizado:
“Sobre a frequência, usamos um protocolo na minha linha de trabalho que, geralmente, é de duas vezes por semana com duração de 30 minutos. Depois da quinta semana, pedimos para as alunas fazerem todos os dias por um período de 4 a 6 semanas”, diz o educador físico. Segundo ele, as mulheres estão liberadas para fazer as aulas ao menos dois meses após darem à luz e que o resultado aparece dentro de de 3 a 4 meses, deixando as mamães satisfeitas com a boa forma e com a saúde.
Para Alexandre, atividades como corrida, saltos e as tradicionais abdominais não são indicados para as mulheres no pós-parto, pois elas tendem a aumentar a pressão na região abdominal – piorando a diástase – e no assoalho pélvico, aumentando a incidência de incontinência urinária. Por isso é tão importante conversar com o seu médico antes de retomar a malhação e buscar ajuda profissional especializada. “Acho legal as mães se preocuparem com a saúde depois do parto e os profissionais entenderem que existem mudanças no corpo da aluna, pois não dá para fazer qualquer exercício no pós-parto. A estética vem junto, mas primeiro é importante colocar o corpo em ordem”, opina o especialista.
Confira o post completo de Thais sobre a atividade: