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Cólica no bebê: saiba as causas e como amenizar as dores

Conhecida também como cólica do lactante, costuma ser um momento tenso para os pais, mas não oferece risco para os pequenos

Por João Antonio Streb
Atualizado em 19 ago 2024, 14h47 - Publicado em 18 ago 2024, 07h00
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As dores das cólicas devem amenizar em algumas horas, mas caso os sintomas persistam ou se agravem, é recomendado a consulta com o pediatra (Freepik/Reprodução)
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Nos primeiros meses, é normal que os pais fiquem um pouco perdidos tentando decifrar o que seu bebê quer comunicar, já que ele ainda não sabe expressar bem as próprias angústias. Com o tempo, o ouvido se torna mais aguçado e os pais aprendem a diferenciar os choros de fome, fralda cheia, pedido de atenção ou até mesmo as temidas cólicas.

Caso se bebê esteja lidando com esse desconforto, há algumas dicas que podem ajudar a compreender e aliviar as dores.

Por que os bebês costumam ter cólica?

As dores na região abdominal costumam aparecer a partir da terceira semana e podem durar até os seis meses. Embora pareça preocupante, a cólica do lactente é uma situação comum e geralmente não apresenta riscos para o bebê.

Na maior parte das vezes, o quadro pode ser explicado por um sistema gastrointestinal imaturo. Veja bem: a alimentação do bebê nos primeiros meses é composta por leite materno ou misturas lácteas, que ao longo da digestão são fermentados, causando a dilatação do intestino e o acúmulo de gases ao longo do trato digestivo da criança. Se a comunicação entre o intestino e o sistema nervoso ainda não se desenvolveu por completo, esse acúmulo gasoso causa contrações involuntárias e atrapalha a evacuação.

Alguns hábitos podem influenciar o aparecimento e a intensidade das cólicas. O aleitamento materno deve sempre ser priorizado, já que o leite da mãe contém prebióticos (estimuladores de atividade bacteriana saudável na região do cólon) e probióticos (micro-organismos reguladores da flora intestinal). As fórmulas ou misturas lácteas costumam contar apenas com prebióticos, então a recomendação é que as mães que não podem amamentar consultem os pediatras em busca de fórmulas que supram essa necessidade dos bebês.

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Alguns estudos indicam que bebês nascidos de parto normal têm uma flora intestinal mais completa e saudável, o que minimiza as chances de desenvolver as cólicas.

O que fazer quando o bebê está com cólica?

O primeiro passo é manter a calma. Devido às dores, o bebê enrijece os músculos e torce o corpo a partir da barriga. O estresse da dor, porém, pode se agravar se ele estiver em um ambiente agitado.

O ideal é buscar deixar o bebê o mais confortável possível e estimular o processo digestivo com as dicas a seguir:

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  • Se possível, pegue o bebê no colo e encoste a barriga dele com a sua;
  • Deite o bebê e flexione as coxas dele sobre a barriga.
  • Dê banhos mornos e aplique compressas mornas na região do abdômen;
  • Caso queira evitar as compressas, enrolar o bebê com uma manta ou cobertor deve gerar um relaxamento semelhante;
  • Crie rotinas de sono, banho, passeios e alimentação;
  • Reduza estímulos ambientais pesados, como lugares agitados ou barulhentos, e substitua por locais calmos e estímulos relaxantes (uma música amena é uma boa pedida).

E se a cólica persistir?

As dores das cólicas devem amenizar em algumas horas, mas caso os sintomas persistam por muito tempo ou para além dos 6 meses, é recomendado a consulta com o pediatra, já que ele pode detectar alguma forma de intolerância à composição do leite, por exemplo.

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