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Como manter a vacinação das crianças em dia mesmo com o coronavírus

O objetivo é que elas mantenham a caderneta atualizada para evitar que outras doenças voltem a se espalhar.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 30 mar 2020, 18h31 - Publicado em 30 mar 2020, 17h58
 (UnitoneVector/Getty Images)
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No dia 23 de março, com o início da primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, focada em idosos e trabalhadores da área da saúde, o Ministério da Saúde pediu para que pais adiassem a vacinação de rotina dos bebês e crianças.

O motivo disso é evitar que os menores circulem pelos postos de vacinações e UBSs, enquanto os idosos –  principal grupo de risco do Covid-19 – esteja sendo vacinados contra a gripe. Apesar das crianças estarem menos suscetíveis ao coronavírus, elas podem contraí-lo, apresentando sintomas leves e podendo ser agentes transmissores.

Corroborando com as diretrizes do Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) ressalta, no entanto, a importância de manter a caderneta de vacinação infantil em dia. Isto porque, se não receberem a dose de algumas vacinas, outras doenças que marcam presença no Brasil podem ficar sem controle.

“Ao mesmo tempo em que o isolamento e a limitação na circulação de pessoas reduz a transmissão, não só do SARSCoV-2, mas de outros patógenos, o não comparecimento de crianças às unidades de saúde para atualização do calendário vacinal, pode impactar nas coberturas vacinais e colocar em risco a saúde de todos, especialmente frente à situação epidemiológica do sarampo, febre amarela e coqueluche que vivenciamos atualmente”, informa a nota das instituições.

 

Busque alternativas!

Por isso, as entidades sugerem algumas atitudes que podem ser tomadas para que as crianças continuem recebendo as doses necessárias para serem imunizadas de doenças em que são, de fato, o grupo de risco.

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  1. Evite os horários de pico: A primeira estratégica apontada pelas instituições é que os pais devem levar os filhos aos postos de saúde pública mais próximos de onde moram, em horários que não coincidem com os dos idosos. Para isso, é importante que os postos criem intervalos diferentes para receberem os mais velhos e os pequenos, respeitando a realidade de cada local.
  2. Tente postos de vacinação alternativos: A SBP e SBIm também lembram da importância de escolas, clubes e igrejas tornarem-se palco para que a vacinação rotineira das crianças possa ser aplicada nesses lugares, já que não devem estar sendo frequentados em decorrência do coronavírus.
  3. Otimize a vacinação: Isso significa aplicar o maior número de vacinas possível em uma única ida ao posto, desde que se tenha o cuidado de respeitar o intervalo mínimo e necessário entre as doses. E claro, se informar com o profissional de saúde e o pediatra sobre quais vacinas podem ser aplicadas no mesmo dia sem que haja conflitos entre os componentes e as reações.
  4. Se puder, recorra à clínicas privadas de imunização e vacinação domiciliar: Esta é uma opção para quem pode disponibilizar de uma verba para vacinar em clínicas particulares. O documento, no entanto, ressalta que estes estabelecimentos também devem “organizar seus serviços a fim de manter o distanciamento social exigido nesse momento”. Alguns planos de saúde ainda possuem o serviço de vacinação domiciliar, que pode ser uma boa pedida pra este momento.

Por fim, vale ter em mente que se a criança apresentar algum sintoma de infecção respiratória ou febre, ou ainda suspeita de coronavírus, a orientação é que ela não vá até um centro de vacinação. “Casos suspeitos ou confirmados de COVID19 poderão ser vacinados após a resolução dos sintomas e passado o período de 14 dias do isolamento”, ressalta o documento.

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(Juliana Pereira/Bebê.com.br)
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