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O que é descolamento de placenta? E quais os riscos?

Influenciadora digital Viih Tube foi diagnosticada recentemente após um sangramento vaginal; complicação causa risco à vida da mãe e do bebê

Por Valentina Bressan
17 jul 2024, 07h00
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Em casos leves, os médicos costumam orientar medicação e repouso; nos mais agudos, pode ser necessário antecipar o parto (Freepik/Reprodução)
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Grávida pela segunda vez, a influenciadora digital Viih Tube compartilhou em maio, nas redes sociais, o medo de perder o bebê após passar por um sangramento intenso. Em atendimento médico, ela foi diagnosticada com descolamento da placenta.

A condição acontece quando a placenta, que serve para fazer as trocas de oxigênio e nutrientes entre o organismo da mãe e do feto, se descola, parcial ou totalmente, da parede uterina antes do parto. No curso normal da gravidez, a placenta só deve se desprender após o nascimento do bebê.

O caso de Viih Tube foi leve. Medicação e repouso foram as recomendações para seguir a gestação com segurança. Mas partos de emergência podem ser necessários em casos em que há riscos maiores à mãe e ao feto. Frente a qualquer sangramento ou sintoma, é essencial buscar atendimento médico.

Por que o descolamento de placenta ocorre?

De acordo com a gravidade do descolamento de placenta, a condição pode estar relacionada a diferentes causas. Descolamentos parciais e que ocorrem em áreas pequenas estão relacionados à ruptura de pequenas veias atrás da placenta.

Isso não significa que não há risco, pelo contrário: nas primeiras 20 semanas de gravidez, o descolamento causa risco de aborto. É justamente a fase da gestação em que esse descolamento moderado ocorre com maior frequência.

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Os casos graves são chamados de descolamento prematuro de placenta. Esse desprendimento abrupto costuma ocorrer no terceiro trimestre. Os principais fatores de risco são a hipertensão e a ocorrência de descolamento em gestações prévias.

A pré-eclâmpsia, o diabetes, o tabagismo, o consumo de drogas e doenças renais também aumentam o risco. O local de inserção da placenta é outra influência: quando está aderida próximo ao colo do útero, a placenta tem fixação mais frágil. Acidentes automobilísticos e outros tipos de trauma podem acarretar o descolamento.

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com o grau de descolamento. Em geral, há sangramento vaginal, dor súbita no abdome e na lombar, dor na palpação do útero, contrações uterinas e hipertonia.

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O descolamento prematuro da placenta causa uma cólica contínua e intensa. A hipertonia uterina é o endurecimento do útero. A maior parte das grávidas apresenta sangramento, embora ele nem sempre seja perceptível, já que um hematoma pode se formar e, assim, o sangue fica retido.

O diagnóstico é urgente e, por isso, é feito a partir das evidências clínicas. A ultrassonografia pode ser útil para confirmação do posicionamento da placenta em alguns casos.

As complicações podem levar à paralisia infantil pela falta de ar pré-parto ou intraparto e ao óbito fetal. O descolamento pode dar início a um trabalho de parto acelerado. Hemorragia, anemia, parto prematuro e baixo peso ao nascer são outros riscos associados.

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Existe tratamento?

Em casos graves de descolamento prematuro de placenta, de acordo com a idade gestacional, a recomendação é o parto imediato. O corpo da mãe tenta compensar pelo sangramento, o que pode piorar o quadro e consumir seus fatores de coagulação. A recomendação de cesárea ou parto normal depende do andamento do trabalho de parto e da condição do feto.

Descolamentos parciais e leves, como foi o caso de Viih Tube, requerem uma conduta de observação médica. É recomendado evitar microtraumas locais, que podem ocorrer com relações sexuais, por exemplo, e permanecer em repouso. Os médicos podem receitar alguns remédios para alívio dos sintomas. Em geral, quando há descolamentos leves no primeiro trimestre, com acompanhamento médico, a situação costuma se resolver espontaneamente conforme a placenta cresce.

Para prevenir a condição, além do acompanhamento pré-natal adequado, é importante evitar o tabagismo – parar de fumar no início da gravidez já reduz o risco de descolamento.

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