Durante o trabalho de parto, a influenciadora digital Juliana Perdomo (@juperdomohome) foi internada após complicações causadas pela embolia amniótica. O quadro é uma condição grave no qual o líquido amniótico que envolve o embrião entra na corrente sanguínea da mãe causando reações graves. A embolia desencadeou uma síndrome respiratória aguda na influencer, causada por acúmulo de líquido nos pulmões.
Em declaração, a irmã de Juliana, Tatiana Perdomo, afirmou que o diagnóstico ocorreu por exclusão após os médicos já terem descartado outras possibilidades. A identificação desta complicação tem sido subnotificada, já que é acompanhada por outros sintomas e levam à catalogação unicamente de casos extraordinários, o que também atrapalha o monitoramento.
A maioria dos casos ocorre durante o trabalho de parto, geralmente em cesarianas, e uma minoria após o parto vaginal. Os sintomas podem incluir batimentos cardíacos irregulares, falta de ar, convulsões e parada cardiorrespiratória. Pelo menos metade das pacientes que apresentam embolia amniótica morrem em até uma hora após o início dos sintomas.
Causas e fatores de risco
Em pelo menos metade dos casos relatados, as pacientes já tinham apresentado descolamento prematuro de placenta ou morte fetal. Outros problemas de placenta como a posição ou aderência incorreta dela também podem contribuir para a embolia amniótica. Idade materna avançada, grande quantidade de líquido amniótico e parto induzido com medicamentos também são outros fatores que também podem levar a esta condição.
Há grande risco de embolia quando as parturientes apresentam elevada frequência de contrações do útero (hipersistolia), estão em trabalho de parto prolongado ou tiveram contaminação com mecônio, a matéria fecal excretada pelo bebê.
Precauções e tratamento da embolia amniótica
O diagnóstico e tratamento imediatos da embolia são essenciais para preservar a vida da paciente. O ideal é que na hora do parto haja uma equipe de assistência com especialistas e equipamentos de cuidados intensivos. Os médicos que conduzem o parto devem fazer o diagnóstico com base nos sintomas e pela verificação de coagulação correta do sangue por meio de exames.
O tratamento é feito por meio da estabilização da frequência cardíaca, mantendo boa oxigenação e corrigindo potenciais coagulopatias com medicamentos. A paciente também pode receber hemoderivados e transfusão de sangue.