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Guia de pais: o que deve ser feito para evitar as assaduras no bebê

Durante a troca de fralda, não é complicado identificarmos se há a presença de assaduras no bebê, mas será que realmente sabemos como tratá-las?

Por Isabelle Aradzenka
5 dez 2021, 10h00
Decifrando o cocô do bebê: o que as cores e consistência podem revelar
Decifrando o cocô do bebê: o que as cores e consistência podem revelar (Byba Sepit/Getty Images)
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Ao receber um novo integrante na família, é difícil não se apaixonar por toda a delicadeza da pele do pequeno. Mas apesar da fofura, é justamente essa imaturidade da “pele de bebê” que torna a criança um alvo para o surgimento de problemas como as assaduras.

Afinal, já sabemos que não é nada incomum que os pais notem uma vermelhidão nas dobras da pele do filho entre uma troca de fralda e outra.

“Essas assaduras são muito confundidas com a presença de fungos ou com alergias, mas, na verdade, são irritações chamadas dermatite de contato irritativa e aparecem mais frequentemente nas áreas cobertas pela fralda“, explica Selma Hélène, presidente do Departamento de Dermatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Diferente dos fungos, que não são o motivo pelo começo das assaduras, mas podem aparecer caso elas não sejam adequadamente tratadas, essas irritações são geralmente caracterizadas pela presença de zonas avermelhadas e não trazem outros sintomas associados.

Afinal, por que surgem as assaduras?

Já sabemos que os pequenos estão na fase inicial do processo de amadurecimento, e com a pele não é diferente…

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“Os bebês têm uma pele muito fina e suas funções ainda não estão totalmente desenvolvidas. Ou seja, as funções de manter a água na pele, de defesa contra microrganismos e de equilíbrio térmico ainda são reduzidas. A pele das crianças vai se igualar à do adulto apenas a partir da adolescência, quando o sebo será produzido através dos estímulos hormonais”, explica Selma.

Somada a essa imaturidade, o ambiente úmido e fechado das fraldas associado com a fricção delas com a pele, além da presença de urina e fezes são os principais fatores que podem levar ao rompimento da pele e ao surgimento das assaduras.

E não podemos esquecer da predisposição de cada criança! A dermatologista esclarece que existem pequenos que já são propensos a terem esse tipo de irritação, mas que também há atitudes que os pais tomam que podem danificar a pele do bebê e predispô-las, como o uso de cosméticos e sabonetes inadequados, banhos quentes e demorados e pouca frequência de trocas de fraldas.

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Mas dá para prevenir as irritações?

A rotina de cuidados não é complicada, pais! Se o pequeno já apresenta as assaduras na região coberta pela fralda, o ideal é que se comece pela limpeza adequada do local:

  • Remova a urina com água e seque bem;
  • Na presença de fezes, elas devem ser removidas com água e sabonetes indicados para crianças;
  • Após a higiene, use cremes contendo óxido de zinco puro, sem associação com outros medicamentos.

Já para evitar as irritações, os cuidados com a rotina da higiene são os mesmos, dando atenção especial ao uso dos cremes já citados, que além de ajudarem no tratamento, também irão agir como uma barreira física na prevenção do aparecimento da dermatite, já que não são absorvidos pelo corpo.

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“Eu uso amido de milho… Pode?”

Ah, e quais pais que nunca ouviram falar no uso do amido de milho para tratar as assaduras do pequeno? Ainda que o produto natural e acessível possa ser recomendado para brotoejas por alguns especialistas, Selma ressalta que o amido de milho tem poder de adsorção, ou melhor, de roubar a água da pele e, por isso, não é indicada no caso de dermatite de contato irritativa.

A dermatologista ainda orienta que, caso as irritações persistam por mais de uma semana, um médico deve ser consultado para acompanhamento. Ah, e nada de automedicar o pequeno, pais, já que o uso livre de medicações pode incorrer em eventos adversos e romper ainda mais o manto protetor da pele.

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