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Os cuidados essenciais com as crianças na areia

Brincadeiras na praia ou em parquinhos costumam fazer sucesso - mas é preciso atenção a alguns pontos. Veja as recomendações de médicos sobre o assunto

Por Ligia Moraes
1 jan 2024, 16h15
 (Guido Mieth/Getty Images)
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Brincadeiras na areia podem ser muito divertidas para a criança. Mas, sejam elas na praia ou no parquinho, é preciso ter alguns cuidados para garantir a segurança dos pequenos. Afinal, é muito mais gostoso se divertir sem preocupações, não é mesmo? Veja, a seguir, as recomendações de especialistas. 

Em primeiro lugar, vale ressaltar que o contato com areia não é indicado para crianças de qualquer idadeElisabeth Fernandes, pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirma que o ideal é que ele aconteça somente após os 6 meses de vida. “Antes disso, a pele do bebê é muito sensível a alergias, e é mais propensa a doenças”, explica. 

Cuidados com a pele na areia

Mesmo após os 6 meses, a areia ainda exige atenção de pais e cuidadores. A pediatra indica evitar que a criança se sente diretamente sobre as partículas (aposte em uma toalha ou em uma canga) ou que brinque de se enterrar nela. “Isso facilita o aparecimento de doenças, como bicho geográfico, bicho de pé e até mesmo toxoplasmose”, diz.

O cuidado deve ser redobrado em casos de alergia cutânea. “A pele em contato com areia e, principalmente, somando isso ao suor, pode causar brotoejas pelo corpo, coceira e irritação, com áreas avermelhadas e ressecadas”, afirma a médica. “Já a umidade, junto com a areia, colabora para o surgimento de micoses, como candidíase na região da fralda, dermatite de contato, entre outras”, completa.  

E se, às vezes, a areia está muito quente para nós, imagine para os pezinhos das crianças! A especialista reforça que “o contato com areia é muito importante como estímulo sensorial, mas os pais precisam ficar atentos, pois a temperatura pode estar muito quente e causar queimaduras”. Por esses motivos, o melhor é tentar caminhar na areia com chinelos. Recomenda-se ainda que o corpo do pequeno seja lavado após a brincadeira e que se faça também a troca de roupa por peças secas e limpas.

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(Arte: Juliana Pereira/ Foto: Westend61/Getty Images)

A criança ingeriu areia. E agora?

Crianças costumam colocar tudo na boca e podem achar objetos pequenos na areia, como tampinhas, palitos de sorvete e canudos. “É muito importante que um adulto supervisione a brincadeira para evitar a ingestão de areia, desses objetos pequenos, ou ainda para impedir a entrada de areia nos olhos, boca e ouvidos”, explica Elisabeth Fernandes. 

Caso haja, de fato, a ingestão, a especialista indica oferecer água mineral e observar. “Engolir areia contaminada com restos de urina e fezes de animais (cães, gatos, pombas), por exemplo, pode causar diarreia e vômitos em algumas situações”, lembra.

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Areia nos olhos

É muito comum que, na hora da brincadeira, um pouco de areia acabe indo nos olhos. Portanto, Claudia Faria, oftalmologista do Hospital Albert Einstein, faz algumas recomendações. “Cair areia, poeira ou outras pequenas partículas naturais nos olhos geralmente não é uma emergência“, afirma.

A médica lembra que nosso corpo tende a eliminar esse elemento estranho com lágrimas e piscadas. “Deixe os olhos tentarem cuidar das partículas naturalmente antes de fazer qualquer outra coisa“, sugere. O melhor, nessa circunstância, é não permitir que a criança esfregue a região. Em vez disso, faça com que ela pisque várias vezes e deixe que as lágrimas expulsem a partícula. “Limpe os cílios e use colírio lubrificante, solução salina ou água corrente para lavar o olho”, diz a especialista. 

“Porém, consulte um médico ou leve a criança ao pronto-socorro o mais rápido possível se você não conseguir tirar as partículas do olho ou se persistir a sensação de corpo estranho”, alerta. 

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